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Vendas do varejo decepcionam e caem 1% em maio, diz IBGE

Das oito atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE, quatro tiveram queda em maio. Houve recuo nas vendas em 23 unidades da Federação

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O volume de vendas do varejo brasileiro frustrou as expectativas em maio deste ano, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (14/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas do comércio varejista registraram queda de 1% no período, na comparação com o mês anterior. Em relação a maio do ano passado, também houve recuo de 1%. No acumulado de 12 meses até maio, a alta foi de 0,8%.

O desempenho do varejo brasileiro veio abaixo das expectativas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava que houvesse estabilidade (variação de 0%) na base mensal e uma alta de 2% na comparação anual.

Em abril, as vendas do comércio varejista haviam crescido 0,1% na comparação mensal e 0,5% na anual.

Quatro atividades têm queda nas vendas

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro tiveram queda em maio: tecidos, vestuário e calçados (-3,3%), hipermercados, supermercados, produtos  alimentícios, bebidas e fumo (-3,2%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,3%) e móveis e eletrodomésticos (-0,7%).

As quatro atividades que registraram crescimento foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,7%), combustíveis e lubrificantes (1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,1%).

Queda em 23 das 27 unidades da Federação

De acordo com o levantamento do IBGE, houve recuo nas vendas do varejo em 23 das 27 unidades da Federação. As maiores quedas foram em Alagoas (-5,9%), Rondônia (-5,3%) e Paraíba (-4,6%).

Apenas três estados do país tiveram aumento nas vendas: Tocantins (1,8%), Maranhão (0,4%) e Minas Gerais (0,4%). O Amazonas registrou estabilidade (0%).

Repercussão no mercado

Segundo o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, o volume de vendas do varejo deve ser impulsionado no mês que vem pelo início do programa de incentivo aos carros populares. Ainda assim, “o cenário é desafiador”.

“O comércio enfrenta um crédito caro e o alto comprometimento da renda das famílias. Por outro lado, precisamos analisar quais serão as consequências do Desenrola e o possível estímulo sobre os produtos eletrodomésticos”, afirma Caruso.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, diz que “os juros elevados e a desaceleração da economia global devem seguir pressionando o setor, especialmente em segmentos sensíveis a crédito”.

“O setor deve andar de lado até o final do ano. Com isso, projetamos que o varejo ampliado feche o ano com crescimento próximo a 5% em relação ao ano passado”, afirma.

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