Venda da Amil pode ser anunciada nos próximos dias
Operadora de planos de saúde, que pertence à americana United Health Group, vem sendo negociada há dois anos. Valor pode chegar a R$ 12 bi
atualizado
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A venda da Amil, a terceira maior operadora de saúde do país, pode ser anunciada nos próximos dias. A empresa pertence ao United Health Group (UHG), com sede em Minnesota, nos Estados Unidos. O negócio, cujo pacote também inclui a Americas Serviços Médicos, é estimado entre RS 10 bilhões e R$ 12 bilhões.
Na mesa de negociações, a proposta da companhia americana de private equity Bain Capital segue entre as favoritas, como já havia sido noticiado pelo Metrópoles. Em agosto, ela vendeu R$ 1,3 bilhão em ações que detinha da Hapvida.
Se a Amil for comprada por outra operadora de planos de saúde, a operação ainda terá de ser validada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A lista de interessados na compra inclui ainda alguns pesos-pesados do setor. Esse é o caso da Dasa, que pertence à família de Edson Bueno, o criador da Amil, além do empresário José Seripieri Filho, que fundou a Qualicorp.
Desde o início de 2022, circulam informações sobre a venda da Amil. Cogitou-se que a empresa poderia ser fatiada para atrair compradores. Essa possibilidade, no entanto, foi descartada. Ela será vendida em bloco, em negociações que estão sendo conduzidas pelo BTG Pactual. Um dos problemas da venda está nos planos individuais, cerca de 300 mil, que não se pagam. É possível que eles sejam repassados para outra operadora.
Em 2012, o UHG desembolsou R$ 10 bilhões para adquirir a Amil da família Bueno. A empresa tem 3,1 milhões de usuários em planos médicos e 2,3 milhões em odontológicos, 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. A Americas Serviços possui 28 centros médicos e clínicas, além de 12 hospitais.