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Veja como foi a ascensão e queda do ex-rei das criptomoedas

Fraude de US$ 8 bilhões promovida por Bankman-Fried, cofundador da FTX, respingou em celebridades e foi denunciada por ex-namorada

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Imagem colorida de Sam Bankman Fried
1 de 1 Imagem colorida de Sam Bankman Fried - Foto: Reprodução/YouTube

Há dois anos, com cabelos encaracolados e jeitão de nerd, Sam Bankman-Fried, de 32 anos, era chamado de o “rei das criptomoedas”, espalhando influência tanto financeira quanto política. Afinal, ele havia participado da criação da notável bolsa de criptomoedas FTX, então avaliada em US$ 32 bilhões dólares, a terceira em valor de mercado no mundo.

Celebridade em ascensão entre celebridades de toda ordem, a fama de Bankman-Fried mudou de sinal velozmente. De jovem prodígio dos negócios digitais, ele passou a ser o pivô de um escândalo de uma fraude estimada em US$ 8 bilhões, pela qual foi condenado nesta quinta-feira (29/3) a 25 anos de prisão, além de ter US$ 11 bilhões confiscados pela Justiça.

O castelo digital de Bankman-Fried começou a ruir em novembro de 2022, quando surgiram relatórios e informações na mídia americana reportando instabilidades na estrutura financeira das empresas do grupo que comandava. A fragilidade dos negócios era tamanha que a FTX declarou falência nove dias depois do aparecimento dessas notícias. Semanas depois, o ex-rei das criptomoedas foi preso nas Bahamas, onde parte de suas empresas estava sediada.

Constatou-se, inicialmente, que a FTX usou recursos da ordem de US$ 1 bilhão dos clientes da corretora para financiar – e salvar – a Alameda Research, um fundo de investimento criado por Bankman-Fried. O dinheiro era repassado de uma empresa para a outra sem o consentimento dos donos das contas. A quantia também foi usada para investimentos de risco, compra de imóveis de luxo, doações a políticos, além de campanhas de marketing.

Sobrou para celebridades

Com a descoberta da fraude, a realização dessas propagandas também respingou em famosos como a modelo brasileira Gisele Bündchen, seu ex-marido e atleta Tom Brady, além de jogadores de basquete da ativa e do banco dos aposentados, como Stephen Curry e Shaquille O’Neal. 

De acordo com informações do The New York Times, Gisele teria recebido US$ 18 milhões em ações da FTX, enquanto Tom Brady embolsou outros US$ 30 milhões. Além das propagandas, Brady, o ex-astro do futebol americano, tornou-se embaixador da marca. A estimativa é de que o ex-casal tenha perdido cerca de R$ 230 milhões com a falência da empresa.

Ex-namorada contra

Na bancarrota, causou surpresa também a lista das pessoas que compareceram ao Tribunal de Nova York para testemunhar contra o jovem bilionário. Ela incluía nomes de ex-executivos e aliados, como Caroline Ellison, que foi namorada de Bankman-Fried. No quinto dia de julgamento, uma promotora do caso a questionou de forma direta: “Enquanto trabalhava na Alameda, você cometeu algum crime?”. Sem rodeios, ela respondeu: “Sim, nós fizemos. Ele [Bankman-Fried] me orientou a cometer esses crimes”.

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