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“Vaca louca”: embaixador chinês elogia Brasil por cumprir protocolo

Embaixador da China elogiou o governo brasileiro por suspender rapidamente as exportações de carne bovina após caso do “mal da vaca louca”

atualizado

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1 de 1 carlos-favaro - Foto: Guilherme Martimon/MAPA

O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, elogiou o governo brasileiro pelo rápido cumprimento do protocolo firmado em um acordo de 2015 entre os dois países, que prevê a suspensão das exportações de carne bovina em caso de confirmação do “mal da vaca louca”.

Na quarta-feira (22/2), o Brasil seguiu a cláusula do chamado autoembargo e interrompeu os embarques de carne bovina para o país asiático. Nesta quinta-feira (23/2), como noticiado pelo Metrópoles, Qingqiao e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se reuniram em Brasília.

De acordo com a pasta, o embaixador chinês destacou que “aprecia o fato de o Brasil ter cumprido prontamente o protocolo sanitário” recomendado nesses casos.

Ainda segundo o ministério, a autoridade chinesa “reforçou a intenção de promover a cooperação agrícola entre os países, tendo em vista que o comércio da carne bovina brasileira é muito importante para ambos”.

Após a confirmação do “mal da vaca louca” em uma propriedade rural de Marabá (PA), o material foi encaminhado para um laboratório de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Alberta, no Canadá. Lá, testes vão detectar se é um caso atípico (que surge de forma espontânea no organismo do animal) ou típico (por meio do consumo de rações feitas com proteína animal contaminada, como farinha de carne e ossos de outras espécies).

Ex-ministro critica protocolo

Em entrevista ao Metrópoles, nesta quinta, o ex-ministro da Agricultura Antônio Cabrera afirmou que o episódio de Marabá deveria levar a uma revisão do acordo vigente entre o Brasil e o país asiático. Para ele, a interrupção dos embarques de carne bovina para a China deveria ocorrer apenas após a confirmação de que se trata de uma contaminação de origem típica, de maior gravidade e alcance potencialmente maior.

“Nosso acordo com a China é de 2015. Talvez seja o momento de repensar essa cláusula do autobanimento. Nós mesmos cortamos as exportações. Por que isso não pode ocorrer apenas depois da confirmação de um caso típico? Nossa incidência de vaca louca é praticamente insignificante”, disse Cabrera. “Depois que isso passar, com calma, acho importante fazer essa mudança para não passarmos por esse estresse.”

O ex-ministro foi além: “Nós deveríamos tirar algumas lições desse episódio para minimizar o impacto de casos semelhantes no futuro. A primeira medida seria termos, no Brasil, um laboratório de referência para esses casos, para que não precisemos mandar uma amostra para o Canadá. Se somos o maior exportador de carne do mundo, por que não podemos ter esse laboratório de referência aqui no país?”, indagou.

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