Um ex-diretor falta e outro fica em silêncio na CPI da Americanas
O presidente da Comissão, o deputado Gustinho Ribeiro, ameaçou obrigar ex-executivo da varejista a se apresentar diante dos parlamentares
atualizado
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O ex-diretor da Americanas, Marcio Cruz Meirelles, não compareceu nesta terça-feira (8/8) à audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, que investiga a fraude estimada em R$ 20 bilhões na companhia.
O presidente da CPI, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE), disse que Meirelles não apresentou justificativa para a ausência. Ribeiro, assim, determinou que fossem tomadas as medidas necessárias para a condução coercitiva do ex-executivo. Ou seja, ele teria de comparecer diante da CPI mesmo contra a vontade.
Após a decisão, a defesa de Meirelles afirmou à secretaria da CPI que o ex-executivo da Americanas estará presente na próxima audiência pública.
Outro ex-diretor da varejista, José Timotheo de Barros, compareceu com habeas corpus que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio.
Afirmou, contudo, que apesar da “quantidade altíssima de inverdades” ditas nas acusações feitas a ele, acataria as orientações de seus advogados e permaneceria em silêncio.
A defesa do ex-executivo da Americanas divulgou a seguinte nota: “José Timotheo de Barros compareceu na CPI das Americanas no dia de hoje e exerceu, por orientação de seus advogados, o direito constitucional ao silêncio. Ele esclarece que prestou declarações à CVM [Comissão de Valores Mobiliários], em 13/3/23, e ao Departamento de Polícia Federal, em 15/3/23, quanto aos fatos e autorizou o compartilhamento desses importantes documentos com a Comissão Parlamentar de Inquérito”.