Um ano após se tornar “unicórnio”, banco digital Neon faz demissões
Estimativa é que cerca de 200 funcionários tenham sido dispensados no Neon, o que representa 9% da força total de trabalho
atualizado
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Um ano depois de se tornar “unicórnio”, termo usado para classificar startups cuja avaliação de mercado supera US$ 1 bilhão, o banco digital Neon iniciou um processo de demissões em massa na quarta-feira (15/2).
Apesar de o Neon não ter divulgado oficialmente o número de funcionários desligados, a estimativa é a de que cerca de 200 profissionais tenham sido dispensados, o que representa 9% da força total de trabalho da empresa, de 2,3 mil colaboradores.
Os cortes no Neon fazem a companhia entrar na onda de demissões que recentemente atingiu outros bancos digitais, como o C6 Bank e o Nubank. Essas e outras empresas de tecnologia têm sofrido uma pressão de custos causada pelas elevadas taxas de juros no Brasil e no exterior. Por serem empresas que demandam muito capital para seguir operando, os bancos digitais estão tentando compensar o aumento de despesas com reestruturações no quadro de funcionários.
Em nota, o Neon informou que “fez ajustes necessários ao seu quadro de colaboradores como forma de fazer frente aos desafios macroeconômicos deste ano”.
“Com base nos ciclos de avaliação de performance recorrentes e despriorização de algumas iniciativas, o movimento foi difícil, mas fundamental para preservar o que nossa eficiência operacional exige: manter a sustentabilidade do negócio sem onerar o cliente final”, diz o Neon.
Há menos de um mês, o Neon levantou R$ 331 milhões para a segunda rodada de seu Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), para acelerar o seu negócio de cartões de crédito.