Tribunal de Justiça de SP decreta falência da Coesa, ex-OAS
Recuperação judicial da Coesa, antiga OAS, foi convertida em falência. Recurso de credores foi julgado nesta terça-feira no TJSP
atualizado
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) converteu em falência a recuperação judicial do grupo de engenharia Coesa (gerado por reestruturação da ex-OAS), em recurso de credores julgado nesta terça-feira (27/6).
A recuperação judicial do grupo tramita no âmbito da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, sob responsabilidade do juiz João de Oliveira Rodrigues Filho.
No agravo emitido pelos credores, o TJSP decidiu por dar “provimento ao recurso, decretando a falência das recuperandas”, com determinação unânime.
Os autos do processo ainda não estão disponíveis com os detalhes da decisão, segundo informou o TJSP ao Metrópoles.
Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo, o entendimento da Justiça foi que as movimentações societárias que levaram à nova recuperação judicial da Coesa, herdeira das dívidas da OAS, são “fraudulentas”.
As dívidas herdadas da OAS que estão no processo de recuperação judicial da Coesa somam R$ 4,49 bilhões.
Reestruturação da OAS
A OAS, empresa de engenharia fundada na Bahia em 1976, entrou em crise financeira após o envolvimento em escândalos de corrupção revelados na Operação Lava Jato.
O grupo Coesa surgiu após aquisição de ativos e uma reestruturação societária da OAS.
Além da Coesa, que herdou as dívidas do antigo grupo, o desmembramento da OAS e reestruturação societária deram origem a outra empresa, a Metha, que ficou com os contratos de engenharia, na prática.
No entanto, credores que estiveram envolvidos no processo de recuperação da própria OAS, encerrado em 2020, vinham questionando a recuperação judicial da nova companhia.
Os credores afirmam, entre outros pontos, que a Coesa não cumpriu o processo acordado na época da OAS antes do pedido de recuperação judicial sob o guarda-chuva da nova empresa.