Total de dívidas renegociadas atinge o maior nível em 12 meses
Em novembro, 77,5% dos débitos com mais de 60 dias de atraso foram quitados ou regularizados. No mês anterior, número foi de 69,3%
atualizado
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O número de pessoas inadimplentes que consegue quitar ou renegociar dívidas em atraso vem crescendo de forma consistente no Brasil. De acordo com levantamento da Serasa Experian, 77,5% das contas negativadas em novembro – o último dado disponível – foram regularizadas por consumidores com débitos pendentes por até 60 dias. O percentual foi o maior num período de 12 meses. Em outubro, ele havia ficado em 69,3%, antes disso, em setembro, em 56,5%.
Das dívidas com valores superiores a R$ 10 mil, pouco mais de 91% delas foram quitadas. Esse foi o maior percentual entre as quantias analisadas na pesquisa. Entre os débitos menores, que somavam no máximo R$ 500, o índice de regularização foi de 71%, o mais baixo entre os grupos.
“No segundo semestre de 2023, a diminuição das taxas de juros e da inflação proporcionou aos consumidores a chance de saldar dívidas em atraso, resultando numa maior estabilidade nos índices de inadimplência”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Para ele, o programa Desenrola, criado pelo governo federal, também ajudou nesse processo.
No recorte por tipo de dívida, o grupo de “bancos e cartões de crédito” foi alvo da maior taxa de pagamentos. A seguir, veio o segmento de “utilities”, que engloba contas de água, energia e gás.
No ranking por estados, Sergipe ficou em primeiro lugar, com 83,2% dos encargos pagos em até 60 dias da negativação ocorrida em novembro. Em seguida, vieram Acre, Rio Grande do Sul e Paraná.