Temor sobre banco regional PacWest, dos EUA, faz ações derreterem
A derrocada no valor de mercado do PacWest se deve a uma reportagem veiculada pela Bloomberg, segundo a qual o banco poderia ser vendido
atualizado
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Depois da crise que levou à falência bancos regionais dos Estados Unidos como o Silicon Valley Bank (SVB), o Signature Bank e o First Republican Bank, recentemente comprado pelo JPMorgan, um novo foco de preocupação vem assustando o mercado nesta semana.
Trata-se de outro banco de médio porte dos EUA, o PacWest Bancorp, cujas ações estão em queda livre nos últimos dias.
A derrocada no valor de mercado do banco se deve a uma reportagem veiculada pela Bloomberg, segundo a qual o PacWest estaria estudando uma possível venda. O banco confirmou que foi procurado por potenciais investidores.
No pregão de terça-feira (3/5), as ações do PacWest desabaram quase 50%.
Como noticiado pelo Metrópoles, outros bancos médios dos EUA também vêm sofrendo na bolsa. Os papéis do Western Alliance Bancorp tombaram 24% na última sessão, enquanto o Comerica Inc. e o Zions Bancorp recuaram 7%.
Para acalmar o mercado, o PacWest informou que seus principais depósitos aumentaram desde março. “O banco não experimentou fluxos de depósitos fora do comum após a venda do First Republic Bank e outras notícias do setor. Nosso caixa e liquidez disponível permanecem sólidos e excederam nossos depósitos não segurados”, garante o banco.
Os bancos pequenos e médios dos EUA vêm enfrentando dificuldades no último ano por causa da alta na taxa de juros, que afetou o valor de seus títulos e gerou perdas de mais de US$ 1,8 trilhão.
No início da semana, em mensagem direcionada ao Comitê Consultivo de Empréstimos, o secretário adjunto interino de política econômica do Tesouro, Eric Van Nostrand, disse que as autoridades tomaram “ações decisivas” em resposta às falências de bancos regionais. “Hoje, o sistema bancário continua sólido e capitalizado e até vimos sinais importantes de força e estabilização nos bancos regionais”, afirmou.
Por outro lado, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que o setor bancário global ainda pode apresentar “vulnerabilidades”.