Tebet compara Lula a Pelé, ataca Bolsonaro e apela por queda dos juros
Simone Tebet, ministra do Planejamento, roubou a cena ao discursar na última plenária do Plano Plurianual (PPA), em São Paulo
atualizado
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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, roubou a cena ao discursar durante a última plenária pública do Plano Plurianual (PPA), principal vitrine de sua pasta, realizada nesta sexta-feira (14/7) em São Paulo.
Em seu pronunciamento, Tebet fez uma série de elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – comemorando sua inelegibilidade por 8 anos determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – e voltou a pedir a queda da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano.
“Na escalação de uma Seleção Brasileira, o presidente Lula conseguiu escolher a seleção de 1970, que foi o ano que eu nasci, sendo, obviamente, o presidente Lula o técnico e o Pelé dessa seleção”, disse Tebet, levando a plateia que acompanhava o evento, formada por militantes e simpatizantes do PT e do governo, ao delírio. “Viva Luiz Inácio Lula da Silva”, bradou a ministra.
Em 1970, a Seleção Brasileira conquistou a Copa do Mundo de futebol pela terceira vez, no México. O time, então comandado pelo técnico Zagallo, é considerado por muitos o melhor da história das Copas.
Inelegibilidade de Bolsonaro é festejada
Em seu discurso, Tebet não economizou nas críticas a Bolsonaro.
“O negacionismo é passado, assim como o extremismo, o obscurantismo. E o ex-presidente Jair Bolsonaro ficou inelegível”, disse Tebet, conclamando o público se manifestar. Em seguida, a plateia gritou, em uníssono: “Inelegível!”.
“Nesses seis meses, o que voltou no Brasil? Voltou o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família turbinado, a valorização do salário mínimo, o Brasil Sorridente, o Mais Médicos, a ciência, a vacina no braço do povo brasileiro, a defesa dos direitos das minorias, das mulheres, dos negros, do meio ambiente”, prosseguiu Tebet.
Juros
Assim como havia feito em entrevista a jornalistas antes do início da plenária, Simone Tebet voltou a pedir a queda da taxa Selic, engrossando o coro do discurso do próprio Lula e de vários ministros do governo, como Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego.
“Caiu a inflação, o preço da carne, dos alimentos e do leite. Caiu o preço da gasolina, caiu o dólar, o desemprego. Só falta uma coisa para cair e para o Brasil voltar a crescer e gerar emprego com carteira assinada. Só falta cair os juros”, afirmou Tebet.
Em seguida, os apoiadores gritaram “fora, Campos Neto”, pedindo a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.