“Succession”: quais famílias dariam uma versão brasileira da série?
Fenômeno mundial, a série multipremiada “Succession” chega ao fim neste domingo; quem seriam Logan Roy e família em uma versão brasileira?
atualizado
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Chega ao fim neste domingo (28/5) uma das séries mais premiadas dos últimos anos. “Succession”, exibida pela HBO desde 2018, tornou-se um fenômeno global e conquistou multidões de fãs, inclusive no Brasil.
A produção é vencedora de dois Emmys de melhor série dramática (2020 e 2022). O episódio final da quarta e última temporada, que vai ao ar às 22h, terá 90 minutos de duração, um recorde para atrações nesse formato.
“Succession” traz a história dos jogos de poder no coração da família Roy, acompanhando a trajetória dos irmãos Kendall, Shiv e Roman, que disputam o controle do império construído pelo pai, o magnata Logan Roy. O protagonista é inspirado no bilionário Rupert Murdoch, tycoon da mídia nascido na Austrália e naturalizado americano nos anos 1970, hoje com 91 anos.
Assim como Murdoch, dono da News Corp – empresa que detém gigantes de comunicação como a Fox News e o Wall Street Journal –, a família Roy, na série, controla um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, a fictícia Waystar Royco.
Como seria a “Succession” brasileira?
Diante do enorme sucesso da série também no Brasil, o Metrópoles faz um exercício de imaginação e elenca as famílias brasileiras que protagonizariam uma hipotética versão nacional de “Succession”. Segundo o ranking de bilionários da Forbes, atualizado no início de abril, 51 brasileiros fazem parte do grupo das 2.640 pessoas (ou famílias) mais ricas do planeta, em 77 países.
A lista geral passou a ser liderada pelo francês Bernard Arnault, dono do grupo de artigos de luxo LVMH (que detém marcas como Louis Vuitton, Dior e Givenchy), cuja fortuna é estimada em US$ 211 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão). Em 2023, ele desbancou o dono do Twitter e da Tesla, Elon Musk, que ocupava a liderança. O fundador da Amazon, Jeff Bezos, é o terceiro colocado.
A sucessão do “Homem do Baú”
Figura icônica da história da televisão brasileira, Silvio Santos, hoje com 92 anos, é um dos nomes mais populares do país. Conhecido como o “Homem do Baú da Felicidade”, é dono de um conglomerado que reúne a segunda maior emissora de TV do país (o SBT), a Liderança Capitalização (administradora do título Tele Sena), a empresa de cosméticos Jequiti e a TV Alphaville. Em 2013, o apresentador fez parte da lista de Forbes, com uma fortuna estimada, na época, em US$ 1,3 bilhão.
Ao contrário da família Roy em “Succession”, a sucessão parece pacificada em torno de sua filha mais nova, Renata Abravanel, de 37 anos, que deve assumir o cargo de CEO do Grupo Silvio Santos em breve. Formada em Harvard, Renata ocupa a presidência do Conselho de Administração. Mas o martelo ainda não está batido.
Silvio Santos tem outras cinco filhas que trabalham no grupo, nas áreas artística, de dramaturgia e de entretenimento. Sua esposa, Íris Abravanel, de 74 anos, é autora de novelas, proprietária de uma grife de roupas e diretora da Jequiti. Segundo o SBT, um documentário sobre Silvio pode ser produzido “em um futuro próximo”.
Família rachada pela herança de Gugu
Apresentador de destaque na TV brasileira por mais de 30 anos, Gugu Liberato, morto em 2019 nos Estados Unidos, teve seu nome de volta às páginas dos jornais nesta semana, em meio a novos capítulos de uma disputa pública pela herança do apresentador. O imbróglio vem sendo travado na 9ª Vara de Família e Sucessões do Foro Central de São Paulo.
A família está dividida. De um lado, Rose Miriam di Matteo tenta provar que tinha uma união estável com Gugu – ela é apoiada pelas filhas gêmeas Sofia e Marina Liberato, de 19 anos. Do outro lado, estão o filho mais velho de Gugu e Rose, João Augusto Liberato, e a irmã do apresentador, Aparecida Liberato, que contestam a versão de Rose e exigem que o testamento deixado por Gugu seja cumprido.
Elaborado em 2011, o documento não incluiu Rose na distribuição da herança, avaliada em R$ 1 bilhão. A divisão ficou assim: 75% para os três filhos e 25% para os cinco sobrinhos. Rose, por sua vez, exige o reconhecimento da união estável pelos 20 anos em que viveu ao lado de Gugu. Se a Justiça acolher o pedido, ela terá direito à metade da herança do apresentador.
Logan Roy, da série Succession, parece ter deixado menos problemas para os seus herdeiros — e eles chegarão ao fim neste domingo.
