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Stuhlberger, Xavier e Jakurski defendem mudança de meta da inflação

Gestores de referência no mercado manifestaram-se na manhã desta quarta (15/2), em evento do BTG, que contou com a presença de Haddad

atualizado

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1 de 1 luis-stuhlberger-verde - Foto: Divulgação Verde

Três gestores de referência no mercado, Rogério Xavier, da SPX Capital, Luis Stuhlberger (foto em destaque), da Verde, e André Jakurski, da JGP, defenderam na manhã desta quarta-feira (13/2) que a meta de inflação no Brasil seja revisada. A manifestação do trio ocorreu em evento do BTG Pactual, em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava na plateia. Ele se deu durante um painel intermediado pelo banqueiro André Esteves, presidente do conselho de administração do BTG.

“Se tem uma reunião a cada ano, em junho, para reavaliar as metas de inflação, por que é um dogma tão grande corrigir?”, perguntou Xavier, acrescentando: “Por que os economistas são tão reticentes, na nossa linguagem, de ‘estopar'(parar) um erro? Estabeleceu-se uma meta de inflação há dois, três anos, que não vai se materializar. Por que o Banco Central está perseguindo um objetivo inalcançável?”.

Xavier afirmou ainda que, desde a criação do sistema de metas, entre 1999 e 2000, apenas uma vez, em 2016, a inflação ficou abaixo de 3% (em 2,95%). Para este ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou o centro da meta em 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, o que eleva o teto para 4,75%. O gestor disse ainda que esse limite, definido há dois, três anos, está errado depois de choques como o da pandemia e da guerra na Ucrânia.

Stuhlberger concordou com Xavier. “Buscar uma meta irrealista não é coisa boa para o Brasil”, afirmou. Ele notou que, nos últimos dois anos, o Brasil teve uma involução com políticas de curto prazo com efeito permanente no endividamento público, para que o então presidente Jair Bolsonaro fosse reeleito. “Que a gente possa ter presidentes e ministros estadistas que pensem no Brasil no longo prazo”, disse.

Jakurski, da JPG, seguiu a mesma linha, mas ponderou que é preciso estabelecer uma regra fiscal que substitua o teto de gastos antes de alterar o limite da inflação. Ele frisou que, se a Selic baixar para 12% ao ano (hoje está em 13,75%), tal queda não vai aliviar de forma significativa avida das empresas que lidam com financiamentos a taxas de 25% ou 30% ao ano. “E vão quebrar aos borbotões”, observou, enquanto também enfrentam impactos adicionais no crédito, como o provocado pelo caso da Americanas.

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