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SP tem saldo de 276 mil empregos com carteira no semestre, diz Caged

Estoque de vínculos com carteira ativos no estado de São Paulo atingiu maior patamar em quatro anos, com predomínio do setor de serviços

atualizado

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Mão segurando uma carteira de trabalho azul - Metrópoles
1 de 1 Mão segurando uma carteira de trabalho azul - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo teve saldo de 276,8 mil empregos formais com carteira assinada no primeiro semestre, entre janeiro e junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), quase um terço (27%) do total nacional.

Em todo o país, o Caged entre janeiro e junho teve saldo de 1,023 milhões de empregos formais com carteira.

Nos dados somente do mês de junho, o saldo no estado de São Paulo foi de 36,4 mil empregos.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (27/7) pelo Ministério do Trabalho.

Em nota, o governo de São Paulo afirmou que o chamado “estoque” (o total de trabalhadores com vínculo ativo de carteira assinada) chegou ainda a seu maior nível nos últimos quatro anos, com 13,3 milhões de postos ativos.

Serviços

O setor de serviços é responsável por 52% do estoque, com 6,9 milhões de vínculos ativos. No mês de junho, o setor gerou 19 mil vagas dentro do saldo de 36 mil postos criados.

A agropecuária foi o segundo setor com maior saldo de junho, com 10 mil postos. Os destaques foram produção de lavouras e atividades de apoio à agricultura.

O valor médio de contratação em São Paulo fechou junho em $ 2.303,04, 14% acima da média brasileira (R$ 2.015). O segundo maior salário de contratação é do Rio de Janeiro (R$2.120).

Segundo semestre deve trazer desaceleração no Brasil, dizem economistas

O Caged mede as variações somente entre trabalhadores com carteira assinada, ao contrário da Pnad, do IBGE, que mede a taxa de desemprego entre todos os trabalhadores na economia, incluindo no mercado informal.

A taxa de desemprego do Brasil, considerando mercado formal e informal, ficou em 8% em junho, em dado também divulgado nesta semana. É o menor índice para um mês de junho desde 2014.

Apesar da alta na criação de vagas vista nos últimos meses em todo o Brasil, economistas apontam para uma desaceleração no mercado de trabalho no segundo semestre.

“O dado [do Caged de junho] mostra uma desaceleração na criação de vagas de empregos formais em relação ao início do ano, reflexo do menor crescimento da atividade nesse segundo trimestre, ainda sentindo os efeitos dos juros elevados. Dessa forma, enxergamos uma perda de dinamismo do mercado de trabalho nos próximos meses”, disse em nota o economista Rafael Perez, da Suno Research.

No entanto, o Caged mostra que o mercado segue “mais resiliente do que se esperava”, segundo o economista. “Esse movimento tem possibilitado uma melhora nos índices de confiança das famílias e deve ajudar a sustentar o consumo no segundo semestre”, disse Perez.

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