Sob risco de despejo, Tok&Stok contrata ajuda para renegociar dívida
Após dificuldades para pagar dívidas, a Tok&Stok contratou a Alvarez & Marsal para conversar com credores; empresa é alvo de ação de despejo
atualizado
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A empresa de móveis e decoração Tok&Stok teria contratado a consultoria Alvarez & Marsal para renegociar dívidas. O valor total do passivo não foi revelado.
A Tok&Stok é mais uma das empresas afetadas pela crise no mercado de crédito desencadeada pelo caso Americanas. Depois que a varejista revelou um problema de R$ 20 bilhões no balanço, os bancos passaram a adotar condições mais restritas para renegociar dívidas corporativas.
A empresa de móveis e decoração é mais uma a precisar de ajuda para conversar com os credores, entrando no grupo de negócios como Marisa, CVC e Light.
No caso da Tok&Stok, um erro estratégico pode ter impactado o endividamento. Depois de registrar um 2020 excelente, embalado pelas vendas digitais durante a pandemia do coronavírus, a empresa de móveis fez uma série de investimentos e cogitou até mesmo abrir capital na Bolsa de Valores.
O fim das medidas sanitárias esfriou as vendas digitais. A alta na taxa de juros encareceu a compra de imóveis e as linhas de crédito para reforma, o que impactou também as vendas em lojas físicas. O faturamento encolheu em 2021 e 2022.
Mais cedo, nesta quinta-feira (16/2), a gestora Vinci comunicou ao mercado que está movendo uma ação de despejo contra a Tok&Stok. Segundo a Vinci, a empresa de móveis não estaria pagando os aluguéis do centro de distribuição localizado em Extrema, Minas Gerais. O galpão faz parte do patrimônio de um fundo imobiliário administrado pela gestora.
Em nota, a Tok&Stok disse não ter sido informada da ação de despejo e afirma que está em processo de negociação do contrato de aluguel com a Vinci.