Sob aplausos na Fiesp, Alckmin diz que indústria está “supertributada”
Para Geraldo Alckmin, que foi a congresso na Fiesp, reforma tributária vai “impulsionar a atividade industrial” e “reduzir o custo Brasil”
atualizado
Compartilhar notícia
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender nesta terça-feira (3/10) a reforma tributária, já aprovada pela Câmara dos Deputados e que aguarda análise no Senado Federal, ainda sem previsão de votação.
Alckmin participou do 15º Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
“A indústria está supertributada. A reforma tributária vai impulsionar a atividade industrial, desonerar completamente investimento e desonerar completamente exportação. Acabará a cumulatividade de crédito”, afirmou o vice–presidente. “E vai reduzir o custo Brasil, trocando cinco impostos sobre consumo por um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual.”
No momento em que falou sobre o peso dos tributos sobre o setor industrial, Alckmin for bastante aplaudido pelos empresários da indústria que acompanhavam o pronunciamento. Atualmente, a indústria é o setor da economia que paga a maior carga tributária.
Defensora da reforma tributária, a Fiesp defende a redução do número de exceções incluídas pelos deputados no texto e reivindica que a alíquota máxima do IVA, que substituirá tributos federais, estaduais e municipais que incidem sobre bens e serviços, seja de 25%.
Reportagem publicada pelo Metrópoles em julho mostrou que o IVA brasileiro deve ter uma das maiores alíquotas do mundo, segundo projeções de economistas, advogados tributaristas e especialistas em finanças e tributação.
A tendência é que, diante da série de benefícios concedidos a serviços que pagarão taxas reduzidas ou ficarão isentos, a alíquota de referência do IVA seja mais alta do que os 25% projetados inicialmente pelo governo. Esse percentual só será definido após a aprovação final do texto, por meio de lei complementar.