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Setor de serviços surpreende em julho e avança 0,5%, diz IBGE

Já na comparação anual, em relação a julho do ano passado, os serviços avançaram 3,5%. No acumulado do ano, a alta é de 4,5%

atualizado

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Daniel Santiago
Sindicato de bares e restaurantes comemora nova data para reabertura
1 de 1 Sindicato de bares e restaurantes comemora nova data para reabertura - Foto: Daniel Santiago

O volume de serviços no Brasil avançou 0,5% em julho deste ano, na comparação com junho, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (14/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já na comparação anual, em relação a julho do ano passado, os serviços avançaram 3,5%. Foi a 29ª taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.

Com o resultado de julho, o setor está 12,8% acima do nível registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, e 0,9% abaixo de dezembro de 2022 (o ponto mais alto da série histórica).

No acumulado do ano, a alta dos serviços é de 4,5% em relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses até julho, a variação é de 6%.

O resultado mensal veio melhor do que as estimativas do mercado a maioria dos analistas esperava uma alta de 0,4%. Na comparação anual, a expectativa era crescimento de 3,6%.

Em junho, o volume de serviços no país avançou 0,2% na comparação mensal e 4,1% na base anual.

3 das 5 atividades tiveram alta

O setor de serviços registrou crescimento em três das cinco atividades pesquisadas em julho. O destaque vai para os transportes (+0,6%), que recuperaram as perdas de 0,4% no mês anterior.

As demais altas de julho vieram dos serviços prestados às famílias (+1%) e de outros serviços (+0,3%).

Em direção contrária, os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e informação e comunicação (-0,2%) tiveram resultados negativos em julho.

Crescimento em 13 das 27 unidades da Federação em julho

De acordo com o levantamento do IBGE, houve alta no volume de serviços em 13 das 27 unidades da Federação, na comparação com o mês anterior. Os avanços mais importantes foram do Rio de Janeiro (+1,4%) e de Goiás (+5,6%), seguidos por Bahia (+2,9%), Mato Grosso (+3%) e Ceará (+3,3%).

Entre os resultados negativos do mês, destaque para Distrito Federal (-2,9%), São Paulo (-0,1%), Pará (-3%), Rio Grande do Sul (-0,6%) e Espírito Santo (-1,8%).

Turismo cresce

Segundo o IBGE, o índice de atividades turísticas registrou variação positiva de 0,7% em julho, na comparação com junho. Com isso, o segmento se encontra 6,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 (antes do início da pandemia de Covid-19) e 1,4% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

O IBGE mostra ainda que nove dos 12 locais pesquisados acompanharam esse movimento de alta. As influências positivas mais relevantes foram de São Paulo (+4,2%), seguido por Bahia (+4,4%), Rio de Janeiro (+1,4%) e Rio Grande do Sul (+1,9%). As maiores quedas foram do Distrito Federal (-3,7%) e do Espírito Santo (-4,4%).

Análise

Segundo o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, o setor de serviços vem alcançando, mês a mês, “resultados mais consistentes”.

“No geral, a dúvida pertinente é sobre a extensão do crescimento do setor de serviços e o seu legado inflacionário. Olhando à frente, a sua desaceleração parece certa, mas a grande incerteza reside no seu momento e na sua intensidade”, afirma Caruso.

“No nosso cenário atual, ainda vemos espaço para um bom desempenho no segundo semestre, sem grandes consequências nos preços, que já mostram uma dinâmica favorável. Para 2023, projetamos um avanço de 2,8% da Pesquisa Mensal de Serviços.”

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