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Setor de serviços avança 0,2% em junho, diz IBGE

Já na comparação anual, em relação a junho do ano passado, os serviços avançaram 4,1%. No acumulado do ano, a alta é de 4,7%

atualizado

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Imagem colorida de atendentes de telemarketing do setor de serviços
1 de 1 Imagem colorida de atendentes de telemarketing do setor de serviços - Foto: Reprodução

O volume de serviços no Brasil avançou 0,2% em junho deste ano, na comparação com maio, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já na comparação anual, em relação a junho do ano passado, os serviços avançaram 4,1%. Foi a 28ª taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.

Com o resultado de junho, o setor está 12,1% acima do nível registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, e 1,5% abaixo de dezembro de 2022 (o ponto mais alto da série histórica).

No acumulado do ano, a alta dos serviços é de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos 12 meses até junho, a variação é de 6,2%.

O resultado veio ligeiramente melhor do que as estimativas do mercado. Na base mensal, a maioria dos analistas esperava uma alta de 0,1% e, na comparação anual, a expectativa era crescimento de 3,7%.

Em maio, o volume de serviços no país avançou 0,9% na comparação mensal e 4,7% na base anual.

3 das 5 atividades tiveram alta

O setor de serviços registrou crescimento em três das cinco atividades pesquisadas em junho. O destaque vai para os serviços profissionais, administrativos e complementares (+0,8%). Também avnaçaram os serviços prestados às famílias (+1,9%) e de informação e comunicação (+0,5%).

Em junho, registraram queda os segmentos de transportes (-0,3%) e outros serviços (-0,4%).

Crescimento em 16 das 27 unidades da Federação em junho

De acordo com o levantamento do IBGE, houve alta no volume de serviços em 16 das 27 unidades da Federação, na comparação com o mês anterior. Os avanços mais importantes foram de São Paulo (+0,3%) e do Paraná (+1,9%), seguidos por Distrito Federal (+2,9%) e Minas Gerais (+0,9%). O Rio de Janeiro, por sua vez, recuou 2,4%, a principal contribuição negativa do mês.

Turismo recua

Segundo o IBGE,, o índice de atividades turísticas registrou variação negativa de 0,4% em junho, na comparação com maio, depois de ter avançado nos últimos dois meses. Com isso, o segmento se encontra 4,9% acima do patamar de fevereiro de 2020 (antes do início da pandemia de Covid-19) e 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

O IBGE mostra ainda que oito dos 12 locais pesquisados acompanharam esse movimento de queda. As influências negativas mais relevantes foram de Rio de Janeiro (-1,2%) e Bahia (-3,2%), seguidos por Goiás (-4,8%), Rio Grande do Sul (-1,9%) e Santa Catarina (-2,6%). Distrito Federal (+4,9%) e Pernambuco (+4,3%) registraram os principais avanços.

Análise

Segundo o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, há dúvidas “sobre a extensão do crescimento do setor de serviços”.

“Olhando à frente, a desaceleração parece certa, mas a grande incerteza reside no seu momento e na sua intensidade. É nesse contexto que também se insere a dinâmica da inflação de serviços, um dos condicionantes dado pelo Banco Central para acelerar os cortes da taxa Selic. Uma coisa parece depender da outra. Para 2023, projetamos um avanço de 1,5% do setor”, afirma Caruso.

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