Semana terá divulgação do IPCA, inflação nos EUA e juros na Europa
Inflação no Brasil e nos EUA e taxa de juros na Europa são os principais destaques da semana, que também terá números de serviços e varejo
atualizado
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A primeira semana “cheia” de setembro, sem feriado, terá uma série de divulgações importantes na área econômica, tanto no Brasil quanto no exterior.
No cenário doméstico, o destaque vai para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país e será divulgado na terça-feira (12/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Depois de registrar deflação em junho, com um índice negativo de 0,08%, o IPCA ficou em 0,12% em julho e deve continuar acelerando em agosto, de acordo com as estimativas dos analistas.
O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estima que a inflação no país em agosto fique em 0,3% em relação ao mês anterior e em 4,69%, na comparação com o mesmo período do ano passado (ante 3,99% de julho).
O resultado deve ser impulsionado pela alta do setor de veículos, com o fim do programa de descontos do governo federal, e também pelos combustíveis, com o aumento recente da gasolina nas refinarias.
Em agosto, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial brasileira, ficou em 0,28%, uma forte aceleração em relação ao mês anterior e acima das estimativas do mercado.
Segundo economistas e agentes do mercado ouvidos pelo Metrópoles, a alta do IPCA nos últimos meses afasta qualquer possibilidade de o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de corte da taxa básica de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
A elevação dos juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano, depois de uma redução de 0,5 ponto percentual. Esse ritmo de queda da Selic deve ser mantido até o fim do ano.
Além da inflação, o IBGE divulgará nesta semana os indicadores de desempenho do setor de serviços, na quinta-feira (14/9), e varejo, na sexta-feira (15/9).
Inflação nos Estados Unidos
A semana também será marcada pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos Estados Unidos, que mede a inflação do país, na quarta-feira (13/9).
O resultado é muito aguardado pelo mercado, em meio às expectativas pela próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), marcada para os dias 19 e 20 de setembro. O Fed definirá a taxa básica de juros dos EUA.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi elevada em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos.
Segundo o consenso Refinitiv, a inflação nos EUA deve ficar em 0,6% em agosto, em relação a julho, e 3,6%, na comparação com o mesmo período de 2022.
Na quinta-feira (14/9), será a vez da divulgação dos resultados do Índice de Preços ao Produtor (PPI). No mesmo dia, também sairá o número referente às vendas do varejo americano em agosto.
Juros na Europa
Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) anunciará a taxa de juros do continente. A maioria dos analistas projeta que ela se mantenha em 4,25% ao ano, mas não está descartada a possibilidade de a autoridade monetária europeia subir os juros em 0,25 ponto percentual, para 4,5%.