Saúde puxa inflação com alta de medicamentos e reajuste de planos
O segmento de saúde e cuidados pessoais liderou a alta de preços em abril, com variação de 1,49%
atualizado
Compartilhar notícia
A saúde foi a maior vilã da inflação de abril, de acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12/5).
O IPCA ficou em 0,61% no mês passado, na comparação com março. No acumulado de 12 meses, o índice foi de 4,18%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o segmento de saúde e cuidados pessoais liderou a alta de preços, com variação de 1,49% em abril. Também contribuiu com o maior impacto sobre o índice geral (0,19 ponto percentual).
O resultado foi influenciado pela alta nos produtos farmacêuticos, após a autorização de um reajuste de até 5,6% nos preços dos medicamentos, a partir do dia 31 de março. A variação desse item foi de 3,55% e ele respondeu por 0,12 ponto percentual sobre o índice cheio.
Os preços dos planos de saúde subiram 1,2% no mês passado. “Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023”, explicou André Almeida, analista da pesquisa do IBGE.
Por outro lado, os itens de higiene pessoal desaceleraram de 0,76% para 0,56% entre março e abril, puxados, principalmente, pela queda de 1,09% dos perfumes.
Alimentação e bebidas
O grupo de alimentação e bebidas registrou uma aceleração de 0,05%, em março, para 0,71%, em abril, contribuindo com 0,15 ponto percentual para o índice total.
A maior alta foi da alimentação em domicílio (0,73%). Também tiveram impacto as variações de tomate (10,64%), leite longa vida (4,96%) e queijo (1,97%). As maiores quedas de preços foram da cebola (-7,01%) e do óleo de soja (-4,44%).
Veja a variação de todos os grupos pesquisados
- Saúde e cuidados pessoais: 1,49%
- Vestuário: 0,79%
- Alimentação e bebidas: 0,71%
- Transportes: 0,56%
- Habitação: 0,48%
- Despesas pessoais: 0,18%
- Artigos de residência: 0,17%
- Educação: 0,09%
- Comunicação: 0,08%