Saldo positivo da balança comercial avança 153% em setembro
Avanço ocorreu em relação ao mesmo mês de 2022. Superávit das exportações sobre importações foi de US$ 8,9 bilhões
atualizado
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A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 8,9 bilhões em setembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (2/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado foi 153,1% maior do que o registrado no mesmo mês de 2022.
Em setembro deste ano, as exportações somaram US$ 28,431, o que representou uma alta de 4,4% sobre o ano anterior. As importações totalizaram US$ 19,527 bilhões, registrando queda de 17,6%.
No acumulado do ano, o superávit alcançou US$ 71,309 bilhões, uma elevação de 51,2%, em relação a 2022. As exportações somaram US$ 253 bilhões, com crescimento de 0,4%, e as importações chegaram a US$ 181,7 bilhões, com queda de 11,3%.
Setores em destaque
Os setores que apresentaram o maior crescimento em setembro foram a agropecuária, com avanço de 22,2%, totalizando US$ 6,54 bilhões, e a indústria extrativa, com aumento de 14,9%, somando US$ 7,35 bilhões. A indústria de transformação registrou queda de 6,1%, com resultado de US$ 14,34 bilhões.
China e Ásia
As exportações brasileiras para China, Hong Kong e Macau, principais destinos dos produtos brasileiros, cresceram 43,83% em setembro, sempre calculadas pela média diária, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Já as vendas totais para a Ásia subiram 29,55%. Na mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte subiram 0,22%, enquanto para a América do Sul caíram 18,54% e, para a Europa, recuaram 15,42%.
Argentina em queda
As exportações para a Argentina, em setembro, caíram 16,3% e somaram US$ 1,16 bilhão. As importações diminuíram 14,5% e totalizaram US$ 0,98 bilhão. Assim, a balança comercial com o país apresentou superávit de US$ 0,18 bilhão e a corrente de comércio diminuiu 15,5%, alcançando US$ 2,14 bilhões.
Superávit maior
A Secex revisou a sua projeção para o superávit comercial brasileiro neste ano, de US$ 84,7 bilhões para US$ 93 bilhões. A mudança tem a ver com novas estimativas para as exportações, que passaram de US$ 330 bilhões para US$ 334,2 bilhões, e para as importações, de US$ 245,1 bilhões para US$ 241,1 bilhões. Com isso, a projeção para a corrente de comércio, que soma as duas variáveis, teve uma pequena alta, de US$ 575,2 bilhões para US$ 575,3 bilhões.