Sala de aula abrigou maior vilã da inflação de fevereiro; veja por quê
Aumentos na área de educação foram generalizados, atingindo todos os níveis, mas, sazonais, não preocupam especialista
atualizado
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, avançou 0,83% em fevereiro. A expectativa mediana do mercado era de uma elevação de 0,79%. E a grande vilã do indicador veio das salas de aula, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (12/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos nove grupos pesquisados, a educação foi o item que apresentou a maior alta no mês passado. O crescimento desse segmento atingiu 4,98%. O impacto do aumento no índice final também foi o maior, com 0,29 ponto percentual (p.p.).
Além disso, o salto foi generalizado no setor. Nas atividades de educação, a maior contribuição veio dos cursos regulares (6,13%). As maiores altas nos preços vieram do ensino médio (8,51%), do ensino fundamental (8,24%), da pré-escola (8,05%) e da creche (6,03%). Também houve aumento na inflação do curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%).
Para os especialistas, no entanto, a alta de preços na educação é uma vilã razoavelmente pacífica – para não dizer mansa. “O aumento no setor não é uma grande surpresa, visto que no primeiro trimestre, de maneira sazonal, o setor tem alta das mensalidades”, diz Andre Fernandes, especialista em renda variável e sócio da A7 Capital.
Outros destaques do IPCA de fevereiro foram os grupos de “alimentação e bebidas”, com aumento de 0,95% e impacto de 0,20 p.p. e “transportes” (0,72% e 0,15 p.p.). Para Fernandes, no lado positivo, vale mencionar o grupo de “vestiário”. “Ele caiu 0,44%, ajudando a puxar o índice para baixo”, afirma.