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Reunião do CMN não tratou de meta de inflação

A reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) desta quinta-feira (16/2) não teve, na pauta, decisões sobre a meta de inflação

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O ministro da Economia, Fernando Haddad, fala em palestra na FIESP, em São Paulo. Ele fala em microfone, sorrindo - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Economia, Fernando Haddad, fala em palestra na FIESP, em São Paulo. Ele fala em microfone, sorrindo - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A esperada reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) terminou sem tratar do tema da meta de inflação. Havia uma expectativa de que o governo poderia colocar na pauta a proposta de mudança da meta para os próximos anos, mas isso não aconteceu.

O encontro, que durou menos de meia hora, teve a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra do Planejamento, Simone Tebet e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A agenda teve início às 15h18 e terminou às 15h46.

Após a reunião, técnicos do Banco Central apresentaram os votos da autoridade monetária em coletiva de imprensa. Três assuntos foram abordados na reunião: uma mudança nas regras para cooperativas de crédito, uma consolidação das normas que regem os bancos múltiplos e bancos comerciais e uma mudança que permitirá à B3 (administradora da Bolsa de Valores) emitir títulos financeiros. Nada sobre a meta.

Antes da reunião do CMN, Haddad, Tebet e Campos Neto almoçaram juntos. Esse encontro reservado, sem a presença de assessores, foi mais longo: durou duas horas.

Metas de inflação fora da pauta

Criado por meio da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, o CMN é um conselho com poder deliberativo sobre o sistema financeiro brasileiro e responsável por definir normas e diretrizes gerais para o seu bom funcionamento. O órgão tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito no país. As reuniões do CMN acontecem uma vez por mês.

Cabe ao CMN, entre outras atribuições, decidir por uma eventual redução ou aumento da meta de inflação. O tema ganhou corpo nas últimas semanas, após críticas de Lula e do próprio Haddad à meta de inflação definida pelo BC.

Segundo o CMN, a meta para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024 e 2025, a meta é de 3%. Para o governo, no mundo ideal, a meta subiria pelo menos para 3,5%, se não já em 2023, em 2024.

Na noite de terça-feira (14/2), em conversa com jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda, Haddad já havia anunciado que a discussão sobre metas de inflação não estaria na pauta da reunião do CMN.

O próximo encontro do colegiado está programado para o dia 30 de março. Segundo o Metrópoles apurou, o possível debate sobre eventuais mudanças nas metas de inflação não deve ser travado no CMN antes do meio do ano. Provavelmente, o assunto deve ficar para a reunião prevista para o dia 29 de junho.

 

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