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Renda fixa de longo prazo tem as maiores rentabilidades de julho

Papéis indexados ao IPCA com vencimento acima de cinco anos foram o destaque do mês entre os títulos públicos

atualizado

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Manuel Breva Colmeiro/Getty Images
renda fixa; investimentos; computador
1 de 1 renda fixa; investimentos; computador - Foto: Manuel Breva Colmeiro/Getty Images

As carteiras de renda fixa com prazos mais longos tiveram as melhores performances de julho entre os títulos públicos. O destaque do mês foram os títulos indexados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, com vencimento acima de cinco anos, refletidos no índice IMA-B 5+, com crescimento de 3,24%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (6/8) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)

“O anúncio das medidas de congelamento de recursos por parte do governo e a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros americanos nos próximos meses permitiu uma reprecificação mais favorável dos títulos com prazos mais longos, ainda que permaneçam incertezas fiscais no mercado” comentou Marcelo Cidade, economista da Anbima.

Entre os papéis prefixados, o IRF-M 1+, que reflete os títulos com prazo superior a um ano, registrou 1,55% de rentabilidade. Já aqueles com vencimento inferior a esse período tiveram avanço de 0,94%. Assim como as  Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), que fecharam o mês com a mesma rentabilidade (0,94%), segundo o desempenho do IMA-S.

A carteira mais curta de títulos indexados ao IPCA, com os papéis de até cinco anos (IMA-B 5), cresceu 0,91% no mês. No geral, os títulos públicos que compõem a dívida pública, refletidos no Índices de Mercados da Anbima (IMA), renderam 1,36% em julho. No ano, acumulam rentabilidade de 3,81%.

Títulos privados

As debêntures incentivadas indexadas ao IPCA tiveram a melhor rentabilidade entre os títulos corporativos. O índice que as acompanha, o IDA IPCA infraestrutura, cresceu 2,23% no mês.

Enquanto isso, os papéis sem incentivo fiscal renderam 1,94%, de acordo com o IDA IPCA Ex-Infraestrutura.  Já o IDA-DI, que acompanha as debêntures remuneradas pela taxa diária DI, avançou 1,25% em julho. Entre os indicadores da Anbima, ele é o índice de duração mais curta (apenas um dia) e tem o maior retorno do ano: 8,28%. No geral, o IDA, que reflete todas as debêntures marcadas a mercado, teve rentabilidade de 1,64% em julho e 6,84% no ano.

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