Recuperações judiciais crescem 43% e falências avançam 18% em um ano
Elevação ocorreu entre abril de 2023 e o mesmo mês de 2022. Em relação a março, houve queda dos indicadores, produzidos pela Serasa Experian
atualizado
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Em abril, foram registrados 93 pedidos de recuperação judicial no Brasil. O número representa um acréscimo de 43,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas uma queda de 18,7% sobre março deste ano. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (15/5), fazem parte do Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian.
As micro e pequenas empresas (MPEs) foram responsáveis por 64 pedidos. Em seguida, vieram os negócios médios, com 18, e os grandes, com 11. No mesmo mês de 2022, as MPEs registraram 35 solicitações. As companhias de porte médio fizeram 19 e as grandes, 11.
A análise mostra que o segmento de serviços concentrou o maior número de recuperações judiciais. O comércio ficou em segundo lugar, seguido pela indústria e, por último, pelo setor primário. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o cenário de inadimplência das empresas brasileiras está diretamente associado ao aumento do índice, na comparação entre os meses de abril de 2022 e 2023.
“O constante crescimento da lista de companhias negativadas mostra que a instabilidade econômica ainda é um desafio para os empreendedores”, diz Rabi. “Dessa forma, abalados financeiramente, é inevitável que muitos acabem recorrendo a processos de recuperação judicial para tentar renegociar dívidas e evitar a falência.”
Falências
De acordo com a Serasa Experian, os pedidos de falência também registraram alta em abril deste ano, na comparação com o abril do ano passado. Eles passaram de 81 para 91 nesse período, numa expansão de 12,3%. Em relação a março (eram 97), houve queda de 6,2. As MPEs lideraram a lista por porte de empresa, com 51 solicitações. O comércio foi o segmento mais afetado, com 31 casos.