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Recessão global está no horizonte de 2023, diz estudo

Segundo o Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (CEBR), além do risco de recessão, “a batalha contra a inflação ainda não está ganha”

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1 de 1 Dinheiro, Economia, Bolsa de Valores, Real, aumento, Baixa, money, gráficos – PIB - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O mundo deverá enfrentar uma recessão em 2023, em meio aos custos cada vez mais elevados dos empréstimos destinados a combater a inflação. É o que projeta um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (CEBR, na sigla em inglês).

Além da perspectiva de contração em algumas das principais economias do mundo, como os Estados Unidos e diversos países da Europa, a inflação continuará sendo uma ameaça real no ano que vem, de acordo com a pesquisa.

“É provável que a economia mundial enfrente uma recessão no próximo ano, como resultado dos aumentos nas taxas de juros em resposta à inflação mais alta”, afirmou o diretor e chefe de previsões do CEBR, Kay Daniel Neufeld.

Segundo o relatório da instituição, “a batalha contra a inflação ainda não está ganha”. “Esperamos que os Bancos Centrais mantenham suas armas em 2023, apesar dos custos econômicos. O custo de reduzir a inflação para níveis mais confortáveis é uma perspectiva de crescimento mais pobre para os próximos anos”, diz o estudo do CEBR.

As projeções do instituto são mais desanimadoras do que a última estimativa divulgada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Em outubro, o órgão projetou que mais de um terço da economia mundial vai se contrair em 2023 e que há 25% de chances de o PIB global crescer menos de 2% no próximo ano.

O CEBR consolida seus dados como base nas Perspectivas Econômicas Mundiais do FMI e utiliza um modelo interno para projetar o crescimento econômico, a inflação e as taxas de câmbio.

De acordo com o instituto, a economia global ultrapassou US$ 100 trilhões (R$ 518,6 trilhões) pela primeira vez em 2022, o que não será suficiente para evitar a estagnação ou mesmo a recessão no ano que vem.

China x EUA

Ainda de acordo com o levantamento, a China, segunda maior economia do mundo, não deve ultrapassar os Estados Unidos antes de 2036 – seis anos depois do projetado pelo CEBR inicialmente. Caso o governo chinês queira assumir o controle de Taiwan, esse prazo pode aumentar ainda mais.

“As consequências da guerra econômica entre a China e o Ocidente seriam várias vezes mais graves do que as que vimos após o ataque da Rússia à Ucrânia. Quase certamente haveria uma forte recessão mundial e um ressurgimento da inflação”, diz o relatório do CEBR.

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