Rali na bolsa desacelera e Ibovespa terminará mês em alta menor
Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, acumula alta de quase 1,8% em julho, menor do que os 9% de valorização no mês anterior
atualizado
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Após fechar em estrondosa alta de 9% somente no mês de junho, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, caminha para fechar julho em desaceleração.
Até o fechamento na última sexta-feira (28/7), o Ibovespa acumulava alta de 1,78%. Falta apenas um último pregão, na segunda-feira (31/7), para encerrar o mês.
No acumulado, a semana passada terminou em baixa de 0,2%, puxada por queda de ações de empresas significativas no índice, como Vale e Petrobras.
Ibovespa termina mês abaixo dos 121 mil pontos
O mês de julho havia começado com otimismo nos mercados locais diante da aprovação da reforma tributária e, além disso, a expectativa por início de corte na taxa de juros – juros menores tendem a ajudar o balanço das empresas listadas e aumentar a atratividade da bolsa frente a outras aplicações.
No entanto, com breves períodos de exceção, o Ibovespa tem enfrentado desaceleração e parte dos investidores já realiza lucros (isto é, vendendo parte das ações) para aproveitar os ganhos obtidos em junho.
No mês, o índice chegou a superar 122 mil pontos (o maior patamar em dois anos), mas está agora pouco além dos 120 mil.
A temporada de balanços do segundo trimestre ajudou a movimentar o mercado no mês. A última semana foi impactada negativamente por balanços da Vale e siderúrgicas, que tiveram queda no lucro em seus balanços e sofrem com preço fraco do minério de ferro no exterior, diante das dúvidas sobre estímulos da China.
A Petrobras também viu as ações despencarem na quinta-feira com questionamento dos investidores sobre se a petroleira subirá preços com a alta internacional do barril ou se permitirá uma defesagem mais prolongada.
Apesar de ganhos menos expressivos na bolsa do que em junho, a expectativa de casas do mercado financeiro é que a próxima semana seguirá em movimento de alta.
O mês de agosto terá logo em seu início as reações à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que acontece na próxima terça-feira (1/8) e quarta-feira (2/8).
O consenso do mercado é de que o Copom reduzirá a taxa de juros em 0,25 ponto percentual (p.p.), com a Selic indo de 13,75% para 13,50%. O governo e parte do empresariado pressionam por um corte maior, e algumas casas não descartam a possibilidade de uma redução de 0,50 ponto.