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Quem é o CEO que ganhou US$ 8,5 bilhões em apenas um dia

Ao embolsar a bolada, o executivo mais badalado da atualidade passou do 128º lugar entre as pessoas mais ricas do mundo para a 21ª posição

atualizado

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Nvidia/Divulgação
imagem colorida CEO da Nvidia, Jensen Huang, em evento da empresa
1 de 1 imagem colorida CEO da Nvidia, Jensen Huang, em evento da empresa - Foto: Nvidia/Divulgação

Na quinta-feira (22/2), as ações da nova vedete do mundo da tecnologia, a Nvidia, dispararam 16% na Bolsa de Nova York. O salto elevou em mais de US$ 230 bilhões o valor de mercado da marca, que fabrica chips usados em sistemas de inteligência artificial. Bom para a empresa, ótimo para os acionistas e, acima de tudo, excepcional para o CEO e cofundador da companhia, Jensen Huang.

Por quê? Simples: com a disparada do valor de mercado da Nvidia, Huang ganhou, num único dia, a bagatela de US$ 8,5 bilhões. A bolada fez com que ele fosse lançado do 128º posto entre as pessoas mais ricas do mundo para a 21ª posição. Agora, o executivo, que tem participação na empresa, acumula uma fortuna estimada em US$ 69,2 bilhões, segundo cálculo da Bloomberg.

Huang, de 61 anos, que não dispensa uma jaqueta de couro e muito menos um karaokê, é uma dessas celebridades do mundo da tecnologia, embora mais pobre e discreto do que Elon Musk, o dono do X, ex-Twitter, e da Tesla, e menos contundente e inovador do que Steve Jobs, o lendário cofundador da Apple. Ainda assim, trata-se de um “techstar”.

Herói em Taiwan

Nascido em Taiwan e criado na Califórnia, ele é o executivo que realizou a façanha de colocar a Nvidia no seletíssimo grupo das empresas que valem US$ 2 trilhões (valor alcançado nesta sexta-feira, 23/2), formado por nomões tradicionais do setor de tecnologia, como a Apple e a Microsoft

Entre os taiwaneses, é considerado um herói do empreendedorismo. No ano passado, Huang visitou o país acompanhado por seu séquito de americanos. Depois de o grupo ter soltado a voz até 1 hora da madrugada em um karaokê, o CEO deleitou-se numa tradicional sessão de massagens nos pés. 

Na mesma viagem, ele fez um discurso de formatura para estudantes da Universidade Nacional de Taiwan. A seguir, Huang circulou pelas ruas de Taipei. O passeio viralizou nas redes sociais, com cenas do bilionário numa feira noturna e sob constante assédio dos fãs.

“Corra, Huang, corra”

De acordo com a Bloomberg, no discurso que fez aos estudantes da Universidade de Taiwan, Huang disparou algumas pérolas do que se pode chamar de uma filosofia dos negócios. “Ou você corre atrás de comida ou corre para evitar se tornar comida”, disse, por exemplo, diante de uma plateia extasiada. “De qualquer forma, corra.”

Quando questionado sobre a concorrência com a Intel, que reinou por décadas como a maior e mais importante fabricantes de chips do planeta, Huang retornou à máxima: “Você tem que correr. Não ande, corra.”

Nos Estados Unidos, o executivo graduou-se em engenharia elétrica na Universidade Estadual de Oregon e concluiu o mestrado na Universidade de Stanford, um dos polos de inovação do Vale do Silício. Antes de dar a largada na Nvidia, no início dos anos 1990, foi designer de microprocessadores na Advanced Micro Devices (ADM), outra concorrente da Nvidia e da Intel.

Mercado de games

A história da Nvidia começou em fevereiro de 1993, em Santa Clara, na Califórnia. Jensen Huang, Chris Malachowsky e Curtis Priem, que trabalhavam como engenheiros da Silicon Grapichs, apostaram no mercado de games, que começava a florescer. A Nvidia veio ao mundo para produzir tecnologia que aprimorasse a qualidade – na prática, capacidade de processamento –  dos jogos usados em PCs.

Com isso, a empresa tornou-se pioneira no desenvolvimento de unidades de processamento gráfico (GPU). Na sequência, consolidou-se como uma das maiores fabricantes de placas de vídeo do mundo. Agora, é uma das empresas mais importantes do novo mundo da inteligência artificial.

Polêmica chinesa

Huang, quando preciso, não deixa de se posicionar sobre temas polêmicos. Ele, por exemplo, condenou as sanções comerciais dos Estados Unidos contra a China. Numa entrevista em 2023, o executivo disse que prefere vender seus chips aos chineses a ter startups do gigante oriental fabricando equipamentos rivais. 

 

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