Quem é Anelize de Almeida, primeira mulher a compor a equipe de Haddad
Anelize de Almeida é atualmente subprocuradora-geral da Fazenda Nacional. Servidora de carreira, ela atua desde 2006 no ministério
atualizado
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O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou Anelize de Almeida para o cargo de procuradora-geral da Fazenda Nacional. O anúncio foi feito no início da tarde desta segunda-feira (19/12), durante uma coletiva de imprensa.
Anelize é servidora de carreira do ministério da Fazenda e atua desde 2006 na pasta. Mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Oxford e pós-graduada em Administração Pública pela FGV-SP, ela ocupa, atualmente, a posição “número dois” da Procuradoria. A indicação de Haddad, portanto, alça a subprocuradora para a chefia do órgão.
Com a nomeação de Anelize, o subprocurador passará a ser Gustavo Caldas. Sevidor com 22 anos de atuação no ministério da Fazenda, Caldas é mestre em ciências jurídico-econômicas pela Universidade de Coimbra e é doutorando em direito regulatório pela Universidade de Brasília.
Anelize Almeida é a primeira mulher a compor a equipe de Fernando Haddad, futuro ministro da Fazenda do governo Lula.
Na semana passada, Haddad anunciou os dois primeiros nomes de sua equipe no Ministério da Fazenda: o economista Gabriel Galípolo será o secretário-executivo da pasta, o número 2 de Haddad, e Bernard Appy comandará uma secretaria especial responsável pela reforma tributária – considerada “prioridade total” do futuro governo.
Além da experiência na carreira pública, Anelize integra a Rede de Líderes da Fundação Lemann, uma organização sem fins lucrativos fundada pelo empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann, sócio de empresas como Ambev e Kraft Heinz.
O que faz a Procuradoria-Geral da Fazenda
A principal responsabilidade da Procuradoria-Geral da Fazenda é representar a União em processos fiscais, como em discussões sobre a aplicabilidade de tributos. O órgão também é responsável, ao lado da Receita Federal, pela cobrança judicial e administrativa de créditos tributários e não-tributários.
Por fim, por fazer parte da estrutura do ministério da Fazenda, a PGFN é convocada para prestar consultoria à pasta quando há a avaliação sobre regras tributárias.
Ao anunciar o nome da nova procuradora-geral e do subprocurador, Haddad disse que buscará criar um grupo de acompanhamento de riscos fiscais com participação da PGFN. O objetivo, diz o futuro ministro, é fortalecer a defesa da União em discussões tributárias em andamento no Supremo Tribunal Federal.