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Quarta maior agência de rating do mundo eleva nota do Brasil

Depois da Fitch, agora é a vez da DBRS Morningstar elevar a nota de crédito do Brasil, o chamado “rating soberano”, de “BB-” para “BB”

atualizado

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A DBRS Morningstar, quarta maior agência de rating do mundo, elevou a nota de crédito do Brasil, o chamado “rating soberano”, de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável.

Nesta semana, a Fitch, também uma das maiores do mundo, já havia subido a nota de crédito brasileira, de “BB-” para “BB”.

As decisões servem como um termômetro importante para o mercado financeiro porque indicam que as agências de classificação veem o Brasil com maior capacidade de honrar seus compromissos financeiros.

“Devido a um pacote de medidas de aumento de receita no início deste ano, o déficit primário deve ficar em torno de 1% do PIB, uma melhora em relação ao déficit projetado de 2,3% no orçamento de 2023”, diz a DBRS.

Segundo a agência de risco, o governo brasileiro vem se esforçando para adotar um novo regime fiscal no país, que pretende zerar o déficit primário em 2024.

“Em nossa opinião, mesmo que as metas primárias não sejam alcançadas, o novo arcabouço fiscal sinaliza que os resultados fiscais continuarão melhorando durante o governo Lula”, afirma a agência.

“Reformas nos mercados de crédito, regulamentações trabalhistas e as concessões de infraestrutura podem acabar impulsionando o investimento e a produtividade mais do que o esperado atualmente”, diz a DBRS.

Em seu relatório, a agência de classificação de risco também cita a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados.

“Além disso, a credibilidade do sistema de metas de inflação do Banco Central foi fortalecida por meio de mudanças institucionais e um histórico sólido”, afirma a agência.

De acordo com a DBRS, apesar dos avanços nos últimos meses, o Brasil ainda enfrenta desafios, como a elevada dívida pública, o déficit fiscal e projeções modestas de crescimento econômico.

Em nota, o Ministério da Fazenda celebrou a decisão da DBRS de elevar a nota de crédito do país. Segundo a pasta, “tais movimentos demonstram percepções de melhora nas condições fiscais e econômicas e o reconhecimento de que as medidas e reformas em curso no país estão no caminho certo”.

O que é uma agência de risco

As agências de classificação de risco são empresas privadas que avaliam a saúde financeira de países e, inclusive, de outras empresas. Com base em critérios como juros, dívida, capacidade fiscal e outros, as agências concedem uma nota de crédito (o chamado rating).

“As notas das agências de alguma forma refletem a capacidade tanto das empresas no crédito corporativo quanto dos países de honrarem o compromisso financeiro com seus credores”, afirmou Raphael Moses, professor do Coppead, escola de negócios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em entrevista ao Metrópoles, em junho. “Teoricamente, quanto maior a nota, menor a probabilidade de o devedor dar calote ou ficar inadimplente”, diz Moses.

S&P também já havia melhorado a avaliação sobre o Brasil

Em junho, a agência de classificação de risco S&P Global já havia melhorado a observação sobre a nota de crédito do Brasil.

A entidade manteve a nota em “BBB”, o que significa que o país segue dentro do grau de especulação. A perspectiva adicionada à nota, no entanto, mudou de “estável” para “positiva”, o que não ocorria desde 2019.

Em comunicado, na época, a S&P ressaltou o que classificou como “medidas contínuas” para melhorar a previsibilidade fiscal e também a “resiliência institucional” do Brasil.

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