Quais são as armas do Bard, do Google, para vencer o ChatGPT?
Nesta semana, a empresa ampliou o uso do sistema de inteligência artificial a novos usuários de língua inglesa nos EUA e no Reino Unido
atualizado
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O Google, da Alphabet, decidiu, nesta semana, ampliar o acesso de consumidores nos Estados Unidos e no Reino Unido ao Bard (“bardo”), o sistema de inteligência artificial (IA) aplicado à linguagem da empresa. Ele concorre diretamente com o ChatGPT, criado pela startup OpenAI, que conta com forte apoio da Microsoft. A ampliação para novos usuários de língua inglesa, porém, ainda se enquadra numa fase de testes do produto.
O lançamento do ChatGPT, no fim de 2022, deu a largada a uma corrida entre as gigantes de tecnologia para o desenvolvimento de programas de IA aplicados à linguagem. A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, também criou um sistema desse tipo, até agora, contudo, voltado para o suporte a pesquisas.
Até aqui, o Google tenta ganhar espaço em relação aos rivais por meio de pequenas funcionalidades do Bard. Ele, por exemplo, produz blocos de texto em um instante. O ChatGPT expõe os resultados palavra por palavra.
O Bard conta ainda com um recurso por meio do qual mostra três versões – ou rascunhos – para as respostas oferecidas. O usuário pode alterá-las e utilizar o botão “Google it”, caso deseje consultar resultados da web associados ao tema abordado.
Ao contrário do ChatGPT, entretanto, o Bard não é eficaz ao produzir códigos para programas de computação. O sistema do Google também tem limites nítidos que precisam ser superados.
No início de fevereiro, na apresentação oficial do produto, ele errou ao informar que o telescópio espacial James Webb havia tirado as primeiras fotos de um planeta fora do sistema solar. Na ocasião, o equívoco ajudou a derrubar as ações da Alphabet em US$ 100 bilhões.