Produção industrial no agro avança 3% em novembro, diz FGV
Crescimento da produção agroindustrial entre janeiro e novembro do ano passado foi de 1,3%; projeção é de alta no acumulado do ano passado
atualizado
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O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro), calculado pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGVAgro), registrou, em novembro de 2022, alta de 3,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Com o resultado, o crescimento da produção agroindustrial entre janeiro e novembro do ano passado foi de 1,3%. A projeção para o acumulado de 2022, que será divulgada em fevereiro, é de um avanço de 1,4%.
O PIMAgro tem como base os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
Segundo a FGV, a expansão verificada em novembro foi puxada pelo crescimento de 2,1% no segmento de produtos alimentícios e bebidas (em relação a outubro) e de 7,9% (na comparação com novembro de 2021).
Os produtos de origem vegetal avançaram 21,9%, enquanto o segmento de não alimentícios caiu 1,2%.
Em relação a outubro de 2022, o FGVAgro subiu 0,7%, interrompendo uma sequência de seis meses de quedas mensais.
“Em novembro, o desempenho da agroindústria foi notadamente beneficiado pelo aquecimento do mercado de trabalho, bem como pela redução dos custos de produção”, diz o relatório da FGV.
PIB do Agro deve crescer em 2023
Como noticiado pelo Metrópoles, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deve crescer até 2,5% em 2023, na comparação com 2022. A projeção foi feita, em dezembro, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que apresentou um balanço do ano passado e traçou perspectivas para o setor.
Segundo a CNA, 2023 deve marcar a recuperação do agro, que foi uma “pedra no sapato” do PIB do país no 3º trimestre. Em 2022, o setor deve fechar com retração de 4%, após atingir sucessivos recordes em 2020 e 2021.
De acordo com a entidade, o desempenho no ano passado foi duramente afetado pela quebra da safra de soja e pelo aumento dos preços dos defensivos e fertilizantes, que subiram mais de 100%.
Para a CNA, 2023 será um “ano de desafios, tanto no ambiente interno quanto no cenário externo” e “poderá haver uma margem de lucro menor”, com redução de receita para o produtor rural e alta dos custos de produção.
A estimativa da confederação para a safra de grãos 2022/2023 é de crescimento de 15,5% (42 milhões de toneladas) em relação à de 2021/2022, alcançando 313 milhões de toneladas no total.