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Produção industrial “anda de lado” e avança 0,1% em setembro

Em agosto, a produção industrial havia avançado 0,4%. Em relação a setembro de 2022, o crescimento foi de 0,6%, segundo o IBGE

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produção industrial no Brasil registrou alta de 0,1% em setembro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (1º/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em agosto, a produção industrial havia avançado 0,4%. Em relação a setembro de 2022, o crescimento foi de 0,6%, segundo o IBGE.

Com esses resultados, a indústria brasileira ainda acumula queda de 0,2% no ano e tem variação nula (0%) no acumulado de 12 meses. A média móvel trimestral também ficou estável (0%).

O índice mensal veio ligeiramente acima das expectativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava queda de 0,1% em setembro. Na comparação anual, no entanto, a projeção era um pouco melhor: um crescimento de 0,7%.

Desempenho por segmentos

De acordo com os dados do IBGE, apenas uma das quatro grandes categorias econômicas e cinco dos 25 segmentos pesquisados tiveram alta na produção em setembro.

Entre as atividades, a taxa mais positiva foi de indústrias extrativas, com alta de 5,6% no mês.

Também registraram alta produtos químicos (+1,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+0,5%).

Em contrapartida, entre as 20 atividades que recuaram em setembro, destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,7%), máquinas e equipamentos (-7,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,1%).

Análise

Segundo Maykon Douglas, economista da Highpar, “a indústria, em setembro, mostrou um comportamento que já vimos em outras leituras em 2023”.

“Apesar do número positivo, há forte heterogeneidade e certo predomínio de quedas dentre os segmentos analisados. Ou seja, o quantitativo e o qualitativo não andam bem”, afirma.

“O setor extrativo acaba puxando o resultado cheio por causa do atual momento de mercado, mas os juros restritivos pesam sobre boa parte dos segmentos industriais, dada a demanda menor. Provavelmente, veremos esse mesmo comportamento até que as quedas de juros comecem a surtir algum efeito sobre a atividade.”

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, a produção industrial brasileira deve fechar 2023 com uma queda de 0,2%.

“Entre as preocupações que colocam um viés de baixa, estão a economia global, que tem menor crescimento e a China enfrentando carência de demanda, o que não favorece nossas exportações, além dos juros altos e do alto comprometimento de renda das famílias, que são ruins para consumo de bens de maior valor agregado e dependentes de crédito”, afirma. “Do outro lado, o governo tem promovido políticas de estímulos à atividade econômica, que podem incentivar a indústria.”

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