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Produção de petróleo no Brasil bate recorde em junho, diz ANP

Total produzido foi de 4,324 milhões de barris de óleo equivalente por dia, diz Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

atualizado

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Mario Tama/Getty Images
plataforma de petróleo petrobras
1 de 1 plataforma de petróleo petrobras - Foto: Mario Tama/Getty Images

A produção total de petróleo e gás atingiu o maior nível da série histórica em junho deste ano, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º/8) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O total produzido no país foi de 4,324 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

De acordo com a ANP, foram 3,367 milhões de barris de petróleo por dia (MMbbl/d) e 152,258 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d) de gás natural.

O recorde anterior havia sido registrado em fevereiro deste ano, com 4,183 MMboe/d.

Em relação ao petróleo, houve crescimento de 5,2%, na comparação com o mês anterior, e de 19% em relação ao mesmo período do ano passado.

A produção de gás natural, por sua vez, cresceu 5,4% em relação a maio e 14,6%, na comparação com junho de 2022.

Em ambos os casos, foi o maior volume de produção já registrado no país.

Pré-sal

De acordo com os dados da ANP, a produção no pré-sal foi de 3,243 milhões de barris de óleo equivalente por dia em junho. O resultado corresponde a uma alta de 1,5% em relação ao mês anterior e de 17,5%, na comparação anual.

Produção deve crescer até 80% em 10 anos

Reportagem publicada pelo Metrópoles na segunda-feira (31/7) mostrou que deve jorrar petróleo no Brasil nos próximos 10 anos. As estimativas apontam que a produção nacional passará de 3 milhões de barris por dia, em 2022, para 5,4 milhões de barris diários, em 2029, um salto de 80%. A partir daí, o nível cai um pouco até alcançar 4,9 milhões de barris por dia, em 2032 (veja quadro abaixo). Ainda assim, permanecerá nas alturas.

Esses números não resultam de especulações a respeito de descobertas de campos petrolíferos ou avanço sobre novas fronteiras exploratórios, caso da Margem Equatorial, que inclui a foz do Amazonas. A produção, afirma o professor Helder Queiroz, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já está, em grande medida, “contratada”.

Ela é o resultado do aumento da produtividade de áreas já em exploração e da entrada de novas plataformas em atividade nessas regiões. “E todo o crescimento está fortemente concentrado no pré-sal”, diz Queiroz. Hoje, na prática, isso já ocorre. Da produção nacional, pouco mais de 70% tem origem nas reservas petrolíferas em águas profundas e ultraprofundas (a cerca de 7 mil metros da superfície do mar).

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