Produção de petróleo da União crescerá 11 vezes até 2033, diz PPSA
Estudo mostra que receita do governo em dez anos somará R$ 1,15 trilhão, com venda, royalties e impostos pagos pelas empresas produtoras
atualizado
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A produção diária de petróleo da União dará um salto de 11 vezes nos próximos 10 anos e alcançará o pico em 2029, quando atingirá o 564 mil barris por dia (bpd), frente aos 51 mil barris diários atuais. A projeção é de um estudo divulgado nesta quarta-feira (22/11) pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA). O trabalho contempla projeções até 2033 para os contratos de partilha e para as jazidas compartilhadas de Mero, Atapu e Tupi.
De acordo com a presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, apenas a venda da parcela de petróleo e de gás natural da União resultará numa arrecadação de R$ 466 bilhões nos próximos dez anos. Neste período, os contratos resultarão numa receita total de R$ 1,15 trilhão aos cofres públicos, considerando a venda, o pagamento de royalties (R$ 373 bilhões) e os tributos recolhidos pelas empresas produtoras (R$ 315 bilhões).
“Os projetos em regime de partilha estão em curva ascendente de produção. Atingiremos 564 mil barris por dia de produção para a União em 2029 só com os contratos comerciais”, disse Tabita. “Pela primeira vez, estamos projetando a produção da União de gás natural e observamos que, nos próximos anos, o governo terá cerca de 3 milhões de m³ por dia para ofertar ao mercado.”
A parcela de gás natural diária da União saltará dos 112 mil m³/dia (setembro de 2023) para 1,8 milhão m³/dia em 2027, mantendo uma média de 3 milhões m³/dia pelos próximos seis anos. O pico será alcançado em 2029, com 3,5 milhões m³/dia.
Produção geral
O estudo projeta ainda a produção média diária total dos contratos. No petróleo, é esperado um salto de quase 150%, com a produção saindo dos atuais 921 mil barris por dia (bpd) para 2,3 milhões de bpd, em 2029, quando ela atingirá o pico. Nos anos seguintes, se não houver novos contratos, a produção entrará em declínio gradualmente. De 2023 a 2032, os contratos acumularão um total de 6,5 bilhões de barris produzidos, dos quais 1,3 bilhão pertencerão à União (20%).
A produção de gás natural para exportação nestes contratos apresentará crescimento a partir de 2025 e se manterá praticamente estável entre 2026 e 2032.
Investimentos
Além dos valores arrecadados para a União, serão realizados investimentos de R$ 475 bilhões até 2033, com pico em 2025, quando serão aplicados R$ 104,42 bilhões na produção de petróleo e de gás natural nos contratos de partilha de produção.
O estudo estima ainda a demanda de 18 FPSOs (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) e 302 poços. Desse número, só os contratos comerciais representam 11 FPSOS e 215 poços.