Produção de carro elétrico irá de zero a 35% do mercado até 2030 no BR
Mesmo assim, motores continuarão sendo importados, segundo análise da consultoria Bright. Hoje, 100% desses veículos vêm de fora do país
atualizado
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Em 2030, pelo menos 55% dos veículos totalmente elétricos vendidos no Brasil terão marcas de origem chinesa e 65% serão importados. A produção local, portanto, deve alcançar 35% – hoje ela é igual a zero. Mas, ainda assim, esses carros terão motores trazidos de fora do país.
Essa análise foi feita pela Bright Consulting, especializada no setor automotivo, e divulgada nesta segunda-feira (22/7). Na avaliação da consultoria, a frota de elétricos no país deve chegar a 1,4 milhão de carros até 2030. Até o fim de 2023, eram 31,9 mil veículos.
A venda de carros elétricos começou a ocorrer em volumes comerciais em 2018. Vem aumentando desde então. Na avaliação da Bright, a entrada no mercado da chinesa BYD, em 2023, foi fundamental para esse crescimento, a partir da oferta do modelo Dolphin, em agosto. “O volume continua crescendo com a participação da GWM e de novos competidores”, diz a consultoria.
Em números redondos, de acordo com a Bright, 2024 deverá fechar com um emplacamento de 200 mil veículos eletrificados (modalidade que também inclui híbridos). Desse total, 72 mil serão totalmente elétricos.
“Esse volume crescerá ano a ano com a maior disponibilidade de modelos a preços mais acessíveis e os totalmente elétricos representarão 2,35% do parque circulante de veículos leves, estimado em 57 milhões de unidades para 2030”, diz o relatório da consultoria.