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Prévia do PIB, varejo e serviços; veja a agenda da semana na economia

No Brasil, destaques são dados de varejo, serviços e atividade econômica. No exterior, PIB da China, inflação na Europa e discursos no Fed

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Imagem de uma pessoa da área de negócios rastreando o movimento técnico de um gráfico de ações em uma tela de computador - Metrópoles
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Ainda com as atenções do mercado financeiro voltadas ao Oriente Médio, em meio aos desdobramentos da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, a terceira semana de outubro será marcada pela divulgação de importantes indicadores econômicos no Brasil.

Entre os principais destaques, estão os resultados dos setores de serviços e varejo referentes ao mês de agosto. Na terça-feira (17/10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), às 9 horas.

Em julho, o setor registrou alta de 0,5%, na comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o avanço foi de 3,5% – a 29ª taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.

Com o resultado de julho, o setor de serviços estava 12,8% acima do nível registrado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, e 0,9% abaixo de dezembro de 2022 (o ponto mais alto da série histórica). A mediana das projeções do mercado para agosto indica uma alta de 0,3%

De acordo com o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, o volume de serviços no Brasil vem alcançando, mês a mês, “resultados mais consistentes”. “No geral, a dúvida pertinente é sobre a extensão do crescimento do setor e o seu legado inflacionário. Olhando à frente, a sua desaceleração parece certa, mas a grande incerteza reside no seu momento e na sua intensidade”, afirma.

“No nosso cenário atual, ainda vemos espaço para um bom desempenho no segundo semestre, sem grandes consequências nos preços, que já mostram uma dinâmica favorável. Para 2023, projetamos um avanço de 2,8% da Pesquisa Mensal de Serviços”, completa Caruso.

Na quarta-feira (18/10), é a vez de o IBGE divulgar os dados de agosto referentes ao varejo brasileiro, com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Em julho, as vendas do setor surpreenderam e tiveram crescimento de 0,7%, na comparação com o mês anterior, e de 2,4%, na base anual, acima das expectativas. No acumulado de 12 meses, até julho, a expansão foi de 1,5%.

Segundo Marco Caruso, um dado auspicioso em relação ao comércio varejista é que “a inadimplência tem começado a cair na ponta”. “Essas melhores condições de consumo das famílias devem se traduzir em um aumento da demanda e uma consequente expansão do comércio doméstico. Por outro lado, ainda devemos sentir os efeitos defasados da política monetária restritiva”, afirma o economista.

“De modo geral, o resultado de julho veio após três meses com números próximos de zero e, apesar da melhora no quadro geral, ainda não indica um crescimento consistente”, observa Caruso.

João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, tem uma avaliação semelhante sobre o desempenho do varejo.

“Para os próximos meses, as perspectivas seguem desafiadoras para o comércio. Como fatores limitadores, temos o crédito caro e alto endividamento das famílias. Já entre os fatores que dão suporte ao varejo, se destacam o processo de desinflação, especialmente de alimentos e bens industriais, e o mercado de trabalho apertado”, afirma.

Ainda com um desempenho tímido, sofrendo com uma crise prolongada, o varejo brasileiro deve registrar uma taxa negativa em agosto, de acordo com projeções do mercado. A mediana das estimativas indica um recuo de 0,2% a 0,4%.

Prévia do PIB

Ainda no cenário doméstico, os investidores aguardam a divulgação, na quinta-feira (19/10), dos dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Em julho, o indicador teve alta mensal de 0,44%, acima do esperado pelos analistas. Na comparação com julho do ano passado, de acordo com o BC, o IBC-Br teve alta de 0,66%. Já no acumulado dos sete primeiros meses deste ano, o índice avançou 3,21%. Em 12 meses, a expansão foi de 3,12%.

Depois de duas altas consecutivas, em junho e julho, o mercado aposta em um recuo do IBC-Br em agosto, possivelmente de 0,3%, na comparação mensal.

O IBC-Br é um indicador que serve como parâmetro e tenta “antecipar” o resultado do PIB do país. Esse indicador incorpora estimativas de crescimento para os setores agropecuário, industrial e de serviços, acrescidas dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção e importações).

PIB da China, discurso de Powell nos EUA e inflação na Europa

No exterior, o destaque da semana é o resultado do PIB da China, a segunda maior economia do mundo, no terceiro trimestre de 2023. A divulgação está prevista para a noite de terça-feira, pelo horário local (já no fim da manhã de quarta-feira, no horário de Brasília).

Segundo o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, a economia chinesa deve registrar um avanço de 1% no período entre julho e setembro deste ano. No segundo trimestre, a alta foi de 0,8%.

Nos últimos meses, a China vem adotando uma série de medidas para impulsionar a atividade econômica, em meio a uma forte desaceleração. Na semana passada, o país divulgou os dados de inflação de setembro. O Índice de Preços ao Consumidor teve variação anual nula (0%), enquanto o Índice de Preços ao Produtor caiu 2,5%, também na base anual.

Na mesma terça-feira, o gigante asiático também divulgará dados sobre a produção industrial e as vendas do varejo em setembro, além da taxa de desemprego. A estimativa do mercado é a de que a desocupação no país fique em 5,2%, mesmo percentual do mês anterior.

Nos Estados Unidos, que divulgaram a taxa de inflação na semana passada, os destaques dos próximos dias serão os pronunciamentos de autoridades do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), acompanhados com atenção pelos investidores por talvez indicarem o rumo da política de juros no país.

Entre esses discursos, o mais importante será o do presidente do Fed, Jerome Powell, na quinta-feira. Ele participará de um seminário em Nova York sobre as perspectivas econômicas dos EUA.

Na Europa, a semana prevê a divulgação dos índices de inflação de setembro no Reino Unido e na zona do euro, ambos na quarta-feira.

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