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Prévia do PIB indica queda de 0,77% em agosto, pior que o esperado

Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central teve um recuo maior do que a estimativa do mercado, de retração de 0,3% em agosto

atualizado

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Imagem colorida de uma moeda de real em um quadro. Abaixo dela, forma-se a sigla "PIB", referente a Produto Interno Bruto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de uma moeda de real em um quadro. Abaixo dela, forma-se a sigla "PIB", referente a Produto Interno Bruto - Metrópoles - Foto: Getty Images

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, registrou queda de 0,77% em agosto, na comparação com o mês anterior.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (20/10) pelo BC. Em julho, o IBC-Br havia avançado 0,44%.

O resultado de agosto veio pior do que o esperado pelos analistas, que projetavam um recuo de 0,3% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.

Na comparação com agosto do ano passado, de acordo com o BC, o IBC-Br teve alta de 1,28%.

Já no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, o índice avançou 3,06%. Em 12 meses, a alta foi de 2,82%.

A prévia do PIB confirma um cenário de desaceleração da economia brasileira no segundo semestre, já esperado pelos analistas. O resultado foi o pior desde maio deste ano, quando o IBC-Br recuou 1,85%.

Análise

Segundo o economista-chefe do PicPay, Marco Antonio Caruso, o resultado do IBC-Br de agosto “foi influenciado por quedas em quase todos os setores da atividade econômica, sendo a indústria a única exceção”. “A principal contribuição negativa veio dos transportes e dos serviços prestados às famílias, que devolveram boa parte dos ganhos acumulados nos últimos meses”, afirmou.

“A grande questão é se esse resultado negativo é um ponto de inflexão ou se deve a fatores temporários. Por ora, no nosso cenário atual, ainda vemos espaço para um bom desempenho no segundo semestre, sem grandes consequências nos preços, que já mostram uma dinâmica favorável.”

Índice de Atividade Econômica

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é um indicador que serve como parâmetro e tenta “antecipar” o resultado do PIB do país. O cálculo do IBC-Br também auxilia a autoridade monetária a definir a meta da taxa básica de juros da economia, a Selic.

Esse indicador econômico incorpora estimativas de crescimento para os setores agropecuário, industrial e de serviços, acrescidas dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção e importações).

Antes divulgado segmentado por estados e por regiões, o IBC-Br é, atualmente, calculado nacionalmente.

PIB

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas.

Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Assim, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.

Segundo a última edição do Relatório Focus, do BC, o PIB do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 2,92%, mesma estimativa da semana anterior.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira se manteve em 1,5%. A estimativa para 2025 segue em 1,9%.

No segundo trimestre de 2023, o PIB do Brasil surpreendeu positivamente e teve crescimento de 0,9%, na comparação com o trimestre anterior. No primeiro trimestre, a alta foi de 1,8%.

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