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Prévia do PIB decepciona e tem novo recuo em setembro, de 0,06%

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) veio abaixo do esperado pelos analistas. Em agosto, ele havia recuado 0,77%

atualizado

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, registrou queda de 0,06% em setembro, na comparação com o mês anterior.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17/11) pelo BC. Em agosto, o IBC-Br havia recuado 0,77%.

O resultado de setembro veio abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,2% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.

Na comparação com setembro do ano passado, de acordo com o BC, o IBC-Br teve alta de 0,32%.

Já no acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o índice avançou 2,77%. Em 12 meses, a alta foi de 2,5%.

No trimestre encerrado em setembro de 2023, o indicador teve queda de 0,64%, na comparação anual.

A prévia do PIB confirma um cenário de desaceleração da economia brasileira no segundo semestre, já esperado pelos analistas, embora as projeções para o ano de 2023 tenham sido revisadas para cima.

Análise

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, “o resultado do mês foi homogêneo e negativo, com os números expansionistas concentrados em poucas aberturas”. “O grande destaque mensal ficou com a indústria extrativa, o varejo alimentício e os serviços prestados às famílias, setores que vêm se beneficiando da exportação de commodities e de um aumento da massa de rendimento, respectivamente”, observou.

“Olhando à frente, a grande questão continua sendo a capacidade de resiliência do setor de serviços. É importante reconhecer que tivemos a segunda surpresa negativa nesse setor importante da atividade econômica, o de maior peso, e cuja dinâmica tende a ser mais inercial, mas que ainda vemos um desempenho positivo no último trimestre”, diz Cadilhac.

Índice de Atividade Econômica

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é um indicador que serve como parâmetro e tenta “antecipar” o resultado do PIB do país. O cálculo do IBC-Br também auxilia a autoridade monetária a definir a meta da taxa básica de juros da economia, a Selic.

Esse indicador econômico incorpora estimativas de crescimento para os setores agropecuário, industrial e de serviços, acrescidas dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção e importações).

Antes divulgado segmentado por estados e por regiões, o IBC-Br é, atualmente, calculado nacionalmente.

PIB

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas.

Os bens e serviços finais que compõem o PIB são medidos no preço em que chegam ao consumidor. Assim, levam em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.

Segundo a última edição do Relatório Focus, do BC, o PIB do Brasil para 2023 deve ter crescimento de 2,89%, mesma estimativa da semana anterior.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia brasileira se manteve em 1,5%. A estimativa para 2025 subiu de 1,9% para 1,93%.

No segundo trimestre de 2023, o PIB do Brasil surpreendeu positivamente e teve crescimento de 0,9%, na comparação com o trimestre anterior. No primeiro trimestre, a alta foi de 1,8%.

Os bons resultados dos dois primeiros trimestres deste ano levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a revisar para cima suas estimativas de crescimento da economia brasileira em 2023. Segundo o fundo, o país deve registrar uma expansão de 3,1% do PIB, ante 2,1% da última projeção. Em 2024, a economia do Brasil deve avançar 1,5%.

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