Presidentes de “bancões” veem chance “única” com reforma tributária
Presidentes de alguns dos principais bancos do Brasil defenderam, em evento da Febraban, a aprovação da reforma tributária pelo Congresso
atualizado
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Presidentes de alguns dos principais bancos do Brasil defenderam nesta terça-feira (27/6), durante um seminário promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, a aprovação da reforma tributária pelo Congresso.
Segundo os executivos, o país está diante de uma “oportunidade única” para simplificar seu complexo regime tributário, diminuir sensivelmente a burocracia que prejudica os empresários e impulsionar o crescimento econômico.
“O país está passando por uma oportunidade única e temos de aproveitá-la. Essas janelas não aparecem todos os dias”, disse o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, referindo-se à reforma tributária.
“Temos de olhar para frente com otimismo e movimentar a nossa agenda”, afirmou. “A reforma tributária é muito importante. Estamos às vésperas de uma possível votação na Câmara e há alguns aprimoramentos que eventualmente são necessários. Temos de pensar mais no todo e no coletivo, e não nos interesses de cada setor.”
Discurso semelhante foi adotado pelo diretor-presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior.
“Nós estamos vivendo um momento único e temos que aproveitar essa oportunidade. Está quase consolidada uma redução da taxa de juros, temos uma inflação mais controlada, o marco fiscal e uma reforma tributária no forno”, destacou. “É a melhor oportunidade dos últimos 20 ou 30 anos de fazermos uma reforma tributária que ajuste o custo das empresas brasileiras para gerir o tributário.”
Ainda segundo Lazari Junior, a reforma tributária é “uma oportunidade muito grande de atrair investimentos estrangeiros” para o país.
Sistema financeiro “resiliente”
“O Brasil, ao longo do tempo, com todas as suas idiossincrasias, principalmente em relação à economia, conseguiu construir um sistema econômico muito forte e resiliente. Temos um dos sistemas financeiros mais evoluídos do mundo”, afirmou o presidente do Bradesco.
Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, classificou os bancos como a “engrenagem de um grande motor chamado Brasil”.
“Muitas vezes essa função social de ser o motor no óleo dessa engrenagem não é reconhecida. Durante a pandemia, se não fosse os bancos, talvez não tivéssemos superado aquele momento”, concluiu.
Também participaram da mesa de abertura do Febraban Tech 2023 a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, e o CEO do Santander Brasil, Mario Leão. O seminário promovido pela Febraban vai até quinta-feira (29/6).