Presidente da Fiesp sobre juros: “O Brasil precisa romper esse ciclo”
Segundo o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, a discussão sobre a taxa de juros no Brasil não deve se restringir aos técnicos
atualizado
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, voltou a criticar o patamar atual da taxa básica de juros (Selic), de 13,75% ao ano. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (8/5), na abertura da reunião de diretoria da entidade, que recebeu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como convidado especial.
“É inconcebível que um país tão rico como o Brasil, que oferece tanta segurança para aquele credor do Estado, continue praticando taxas de juros tão mais altas do que os países com os quais nós competimos no cenário internacional. O Brasil precisa romper esse ciclo, sob pena de continuarmos empobrecendo”, afirmou Josué.
“Os técnicos costumam argumentar que a precondição para que os juros caiam é a questão fiscal. O problema é que os juros reais que vêm sendo praticados são causadores do problema fiscal”, prosseguiu o empresário.
Segundo o presidente da Fiesp, a discussão sobre a taxa de juros no Brasil não deve se restringir aos técnicos do Banco Central (BC) porque, em sua visão, ela também é “política”.
“Não é um debate em relação ao atual BC nem devemos fulanizar o debate. Não se trata do Roberto Campos Neto (presidente do BC) ou de qualquer agente público. Mas não é um debate que deve ser deixado apenas para os técnicos”, disse Josué. “Esse debate é um debate público e político.”