Preocupação com arcabouço fiscal faz dólar fechar em queda, a R$ 5,65

O dólar fechou em queda de 0,08%, a R$ 5,65 de nesta quinta-feira (14/10) sentindo o temor do mercado com o arcabouço fiscal e os efeitos dos dados da economia americana divulgados mais cedo. A moeda reflete as preocupações de investidores com o quadro fiscal brasileiro.  O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que “não há hipótese” de estatais saírem da contabilidade do arcabouço fiscal e reafirmou que a agenda de revisão de gastos públicos é prioridade para o governo até o fim o ano.

Nos Estados Unidos, o destaque fica com a divulgação das vendas no varejo, que cresceram 0,4% em setembro, acima do 0,1% registrado em agosto e também mais do que a alta de 0,3% que as projeções apontavam. Destaque também para os números de pedidos semanais por seguro-desemprego. Foram 241 mil novos pedidos na última semana, abaixo dos 260 mil da semana anterior.

Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu pela segunda vez consecutiva suas taxas de juros, com um corte de mesma magnitude, de 0,25 ponto percentual. Agora, as principais taxas do BCE estão entre 3,25% e 3,65% ao ano. Christine Lagarde, presidente do BCE, disse que não vê a região caminhando para uma recessão.

Ela citou que o consumo das famílias está subindo gradualmente e que deverá aumentar mais à medida que os juros forem caindo. “A taxa de poupança ficou em 15,7% no segundo trimestre, bem acima da média de 12,9% de antes da pandemia”.

Em meio a esse cenário externo, o  Ibovespa  fechou em queda de 0,73%, aos 130.793 pontos. O resultado foi puxado pela forte queda do minério de ferro, após a decepção do mercado com os estímulos anunciados para o setor imobiliário da China.

Os preços do petróleo fecharam com ligeira alta. No fechamento, o contrato de Brent – referência mundial – para dezembro subiu 0,31% a US$ 74,45 por barril enquanto o WTI – referência americana – avançou 0,40% a 70,67.