Prejuízo da Azul vai a R$ 324,2 milhões no primeiro trimestre de 2024
Valor representa queda de 55,4% sobre perdas dos primeiros três meses de 2023. Desempenho operacional foi bom, mas financeiro pesou contra
atualizado
Compartilhar notícia
A companhia aérea Azul registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 324,2 milhões no primeiro trimestre deste ano, o que representou uma queda de 55,4% em relação ao resultado negativo obtido no mesmo período de 2023, que chegou a R$ 727,6 milhões. A informação consta no balanço divulgado pela empresa nesta segunda-feira (13/5).
Sem ajustes, o prejuízo líquido da Azul foi de R$ 1,05 bilhão no primeiro trimestre de 2024. A quantia representa um aumento de 43% sobre as perdas contabilizadas no mesmo período de 2023. Os números da companhia foram puxados para baixo pelos resultados financeiros.
Mesmo porque o desempenho operacional da empresa foi positivo. No critério medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), ele atingiu R$ 1,4 bilhão, com crescimento de 37,4% na comparação anual, o equivalente a um salto de R$ 385,2 milhões.
A receita líquida da Azul no primeiro trimestre deste ano somou R$ 4,7 bilhões, um aumento de 4,6% na comparação com os três primeiros meses de 2023. De acordo com nota divulgada pela companhia, assinada pelo presidente da empresa, John Rodgerson, a receita foi “impulsionada por um ambiente de demanda doméstica e internacional saudável, receitas auxiliares robustas e crescimento das unidades de negócios”.
Transporte e receita com passageiros
A companhia anunciou que o transporte de passageiros aumentou 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2023, enquanto a movimentação de cargas e outras receitas cresceram 1,6%. Além disso, a receita com passageiros avançou 4,5% e a com cargas, 4,2%, consideradas as comparações anuais.
O programa Azul Fidelidade passou a ter 17 milhões de membros e seu faturamento bruto aumentou 31% em relação ao primeiro trimestre de 2023. A operadora de turismo Azul Viagens aumentou as reservas brutas em 75% em relação ao ano anterior.
O dado que mede o preço médio pago pelo passageiro para voar um quilômetro – no jargão, “yield” – foi de R$ 0,498 no primeiro trimestre, um crescimento de 2,8% sobre os R$ 0,485 no mesmo período do ano anterior.
Financeiro pesou
Como mencionado, o problema foi o resultado financeiro. O valor líquido ficou negativo em R$ 1,92 bilhão, um aumento de 145,5% sobre as perdas do ano anterior, quando elas somaram R$ 784,6 milhões. As despesas financeiras líquidas foram de R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre deste ano, com R$ 540,3 milhões em arrendamentos reconhecidos como juros e R$ 292,4 milhões em juros sobre empréstimos e financiamentos.
A dívida líquida da Azul chegou a R$ 20,8 bilhões no fim dos três primeiros meses deste ano, o que representou uma elevação de 7,7% sobre o trimestre imediatamente anterior e de 9,9% na comparação anual.