Preço de restaurante por quilo sobe 38% em São Paulo, diz Procon
Em junho, preço médio do restaurante por quilo na capital paulista foi de R$ 79,47, o que significa aumento de 38,1% desde janeiro de 2020
atualizado
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Fazer uma refeição em um restaurante self-service por quilo na cidade de São Paulo está cada vez mais caro. É o que mostra um levantamento do Procon-SP, que comparou preços da alimentação na capital paulista entre janeiro de 2020 (antes do início da pandemia de Covid-19) e junho deste ano.
Em junho, o preço médio do restaurante por quilo na capital paulista foi de R$ 79,47, o que corresponde a um aumento de 38,1% desde janeiro de 2020, quando o órgão de defesa do consumidor começou a fazer a pesquisa.
No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – que mede a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendimento médio mensal de 1 a 5 salários mínimos – ficou em 26,36%.
Na comparação com o preço médio dos restaurantes self-service em junho do ano passado (R$ 71,91), a alta foi de 10,5%.
“As pessoas têm estado mais nas ruas, especialmente nas empresas, que estão gradualmente retomando o trabalho presencial após o fim da pandemia. Essa é uma das razões que podem justificar a alta dos preços, junto com o aumento de custos com insumos”, diz Marcus Vinícius Pujol, diretor de estudos e pesquisas do Procon-SP.
“A boa notícia é que há uma redução nos percentuais de elevação, o que sugere a possibilidade de estabilização nos próximos meses”, afirma Pujol.
De acordo com o levantamento, considerando apenas os estabelecimentos que usam o sistema buffet self-service com preço fixo, o valor médio em junho foi de R$ 50,78.
Contando os restaurantes que oferecem os chamados “pratos do dia”, o preço médio ficou em R$ 30,69. Entre aqueles que oferecem apenas o sistema buffet self-service por quilo, o valor médio foi de R$ 75,54.
A pesquisa foi realizada pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas (NIP) da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). O Procon ouviu 350 estabelecimentos das cinco regiões de São Paulo.