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Por que uso do WhatsApp gera multa de até US$ 1 milhão para executivos

Penalidades estão sendo aplicadas pelos bancos a seus próprios funcionários para evitar que eles usem o aplicativo para tratar de negócios

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Pessoa branca usando aplicativo de criptomoedas em celular com painel financeiro desfocado atrás - Metrópoles
1 de 1 Pessoa branca usando aplicativo de criptomoedas em celular com painel financeiro desfocado atrás - Metrópoles - Foto: krisanapong detraphiphat/Getty Images

O Morgan Stanley está impondo punições que podem chegar a US$ 1 milhão (pouco mais de R$ 5 milhões) para executivos que usam aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, para conduzir negócios da instituição financeira.

O valor das penalidades varia de acordo com um sistema, no qual são consideras eventuais agravantes. Ele leva em conta, por exemplo, o número de mensagens enviadas, o tempo de serviço do funcionário e se ele já havia sido advertido anteriormente.

Parece exagero? À primeira vista, sim. Mas a medida é resultado de uma espécie de pânico que se instalou entre os gigantes do setor financeiro nos Estados Unidos. Isso porque os órgãos de controle americanos estão agindo com rigor inédito para coibir essa troca de mensagens, cuja segurança é sempre questionada, principalmente por parte de executivos graduados dos bancos.

Desde setembro do ano passado, a Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana) e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) multaram em cerca de US$ 1,8 bilhão (mais de R$ 9 bilhões) ao menos 16 empresas do setor. Entre elas, há nomões do ramo como Bank of America, Citigroup, Credit Suisse, Goldman Sachs, UBS e o próprio Morgan Stanley.

A corretora do JP Morgan, por exemplo, foi multada em US$ 200 milhões no ano passado por falhas na preservação das comunicações em dispositivos móveis pessoais, aplicativos de mensagens e e-mails.

O Morgan Stanley concordou em pagar US$ 125 milhões à SEC e US$ 75 milhões à CFTC para encerrar investigações sobre o mesmo tema. O Bank of America destinou cerca de US$ 200 milhões para litígios ligados a mensagens eletrônicas não autorizadas.

Bônus em risco

Por conta desse problema, alguns bancos alertaram seus funcionários que pagamentos e bônus futuros serão cortados para aqueles que usarem canais de comunicação não autorizados.

As instituições financeiras também estão vasculhando os telefones e computadores pessoais dos funcionários num esforço para demonstrar aos reguladores que estão punindo violações das políticas internas de comunicação. Com penalidades dessa envergadura, porém, difícil imaginar quem continuará se arriscando a usar o WhasApp para tratar de negócios.

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