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Por que os supermercados bombaram e as roupas encalharam no Natal

Vendas do varejo cresceram 1,1% no fim de 2023, na comparação com 2022. Mas o resultado por setor e região do país foi bastante desigual

atualizado

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Mercados devem ser os mais atingidos pela nova regra que dificulta trabalho aos domingos e feriados.
1 de 1 Mercados devem ser os mais atingidos pela nova regra que dificulta trabalho aos domingos e feriados. - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

As vendas do varejo brasileirro cresceram 1,1% no Natal de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022. No e-commerce, a alta foi 2,4% e no comércio presencial, de 1%. Considerando apenas os shopping centers, o crescimento ficou em 0,9%. Tudo isso segundo dados coletados pela Cielo, entre os dias 19 e 25 de dezembro. 

Embora os números gerais tenham sido positivos, ainda que parcimoniosos, alguns setores de deram bem melhor do que outros.  A seguir, veja as listas dos segmentos que tiveram os melhores e piores desempenhos no fim do ano passado.

Os setores do varejo com melhor desempenho no Natal de 2023

  • Supermercados e hipermercados: + 6,3%
  • Cosméticos e higiene pessoal: + 4,2%
  • Turismo e transporte: + 2,6%
  • Drogarias e farmácias: + 2,4%
  • Óticas e joalherias: + 0,5%

Os setores do varejo com pior desempenho no Natal de 2023

  • Varejo alimentício especializado: – 3,1%
  • Vestuários e artigos esportivos: – 1,8%
  • Alimentação, bares e restaurantes: – 1,3%
  • Móveis e eletrodomésticos: – 1,3%

Para o vice-presidente de Tecnologia e Inovação da Cielo, Carlos Alves, o resultado do Natal de 2023 foi marcado pelas refeições nos lares. “O setor de supermercados e hipermercados foi o destaque, reforçando o costume dos consumidores de ir às compras para as fazer suas ceias”, afirma. 

O executivo acrescenta que o segmento de cosméticos e higiene pessoal foi o que mais se destacou, quando observado apenas o setor que tradicionalmente oferece itens de podem ser presenteados no fim do ano. 

A área que teve o pior desempenho no Natal foi a do “varejo alimentício especializado”, com queda de 3,1%. Ela inclui padarias, docerias, lojas de bebida e confeitarias. Em segundo lugar, ficaram os artigos de vestuário e esportivos. Nesse caso, o recuo foi de 1,8%. Também não se deram bem no fim de 2023 os segmentos de alimentação (bares e restaurantes), além de móveis e eletrodomésticos. 

Hipótese sobre a queda

Não há ainda uma explicação precisa sobre a queda, por exemplo, do setor de vestuário e artigos esportivos em 2023, em relação a 2022. Mas os técnicos da Cielo observam que as vendas nas lojas de rua tiveram uma retração de 3% no último Natal, puxando o resultado de parte do varejo para baixo.

Uma das explicações para esse recuo, embora ainda seja uma hipótese, é que esses pontos comerciais ficaram fechados praticamente dois dias: no domingo, 24/12, e na segunda, 25/12. No ano passado, porém, o dia 25 caiu no domingo e as lojas de rua abriram no sábado, uma data de forte movimento

Maior alta no Sul

Sempre de acordo com a Cielo, e sob o ponto de vista das regiões, três delas registraram crescimento. A maior alta ocorreu no Sul, com avanço de 4%. Na sequência, vieram Norte (1,8%) e Sudeste (0,8%). O Centro-Oeste e Nordeste apresentaram retração no faturamento de 2023. As quedas foram, respectivamente, de 2% e 0,1%.

Na região Sul, os estados onde o varejo teve o melhor desempenho foram Santa Catarina, com elevação de 7,4%, e o Rio Grande do Sul, com 3,4%. No Norte, o crescimento nas vendas foi puxado por Rondônia (12,8%) e Amapá (0,9%). No Sudeste, as maiores vendas foram registradas no Rio de Janeiro (1,7%), em Minas Gerais (0,7%) e São Paulo (0,5%).

Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, as unidades da federação que mais contribuíram para as quedas nas vendas foram:

  • Ceará: – 2,6%
  • Goiás: – 1,7%
  • Bahia: – 1,4%
  • Distrito Federal: – 1,3%

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