Por que o mercado reagiu bem à nova política de preços da Petrobras
As ações da estatal e a Bolsa mantiveram tendência de alta depois do anúncio das mudanças, feito nesta terça-feira (16/5)
atualizado
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Um anúncio feito de “forma branda”, com algumas ressalvas sobre não incorrer em erros do passado. Na avaliação de Felipe Izac, sócio da consultoria Nexgen Capital, esse foi o motivo que levou o mercado de ações a reagir de forma favorável à mudança na política de preços da Petrobras, anunciada nesta terça-feira (16/5).
Às 16h, a Bolsa brasileira (B3) mantinha alta de 0,6%. As ações da Petrobras subiam quase 3,5%. Izac observa que o mercado de capitais também vive em clima de “euforia” com a estatal, por causa dos dividendos bilionários que estão sendo pagos aos acionistas.
Na quinta-feira (11/5), o Conselho de Administração da empresa aprovou a distribuição de R$ 24,7 bilhões em dividendos.
Em comentário aos clientes, a Ativa Investimentos afirmou: “A nova política é menos transparente, e o abandono da paridade de importação constitui um passo negativo para empresa. No entanto, a mudança não trouxe elementos muito radicais e, assim, foi vista pelo mercado como mais branda que o esperado”.
A seguir, contudo, ponderou: “Seguimos acreditando que mais mudanças ocorrerão na empresa, como a alteração de sua política de dividendos e a ampliação do escopo e nível de investimentos”.
Ilan Arbetman, analista da Ativa, observa que a nova política de preços da Petrobras terá como base o mercado nacional. “Agora, os papéis estão explodindo, porque os investidores não viram indicação de que haverá represamento de preços ou subsídios à importação, como já ocorreu no passado”, diz. “Mas isso também não quer dizer que essas coisas não vão acontecer.”