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População ocupada no Brasil é a maior em mais de uma década, diz IBGE

Segundo o IBGE, contingente de ocupados foi de 99,8 milhões em setembro, alta de 0,9% em relação ao trimestre anterior e 0,6% na base anual

atualizado

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Imagem colorida mostra trabalhador com carteira de trabalho na mão
1 de 1 Imagem colorida mostra trabalhador com carteira de trabalho na mão - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta terça-feira (31/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que o desemprego no país foi de 7,7% em setembro deste ano, revelam também que a população ocupada bateu um recorde histórico no mês passado.

Segundo o IBGE, o contingente de ocupados foi de 99,8 milhões em setembro, um aumento de 0,9% em relação ao trimestre móvel anterior e de 0,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Trata-se do maior contingente de ocupados desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Ou seja, é o maior número de pessoas trabalhando no país em mais de uma década.

A população desocupada, de 8,3 milhões, recuou tanto na comparação trimestral (-3,8%) quanto na anual (-12,1%).

O desemprego recuou um ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 8,7%. Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel terminado em fevereiro de 2015.

Análise

Para Igor Cadilhac, economista do PicPay, “o impacto pandêmico no mercado de trabalho ainda se faz presente, principalmente nos rendimentos, que não vêm respondendo o baixo nível de ociosidade da mão de obra”.

“Houve uma mudança na relação entre emprego, salário e inflação. Entre as possibilidades que examinamos, destacam-se duas: o fato da crise da Covid-19 ter modificado a forma como grande parte da população se relaciona com o trabalho, já que as pessoas estão mais dispostas a trocar um aumento salarial por uma maior qualidade de vida, com um trabalho híbrido ou remoto, e a reforma trabalhista, que pode estar começando a surtir efeito, tendo em vista que está mais barato para o empregador contratar”, afirma Cadilhac.

“De toda forma, por mais que o custo de trabalho esteja mais baixo, quando observamos a massa de rendimentos vemos que a série histórica bateu o recorde pela segunda vez consecutiva.”

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, a queda do desemprego em agosto consolida a recuperação do mercado de trabalho no pós-pandemia, com o aumento do número de pessoas trabalhando.

“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explicou Beringuy.

“Em relação ao trimestre móvel anterior, mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal.”

Para Maykon Douglas, economista da Highpar, “os dados reforçam a trajetória dos últimos meses e a avaliação de resiliência do emprego e da renda ao longo do ano, que explicam boa parte da expansão do consumo das famílias”. “Esperamos um leve aumento da taxa para 8% até o fim do ano”, pondera.

Principais resultados da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 7,7%
  • População desocupada: 8,3 milhões de pessoas
  • População ocupada: 99,8 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
  • População desalentada: 3,5 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37,4 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,3 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
  • Trabalhadores informais: 39 milhões
  • Taxa de informalidade: 39,1%

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