“Poderia ser… uma decolagem?”, pergunta The Economist sobre o Brasil
Em reportagem da The Economist, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é classificado como um gestor “eficiente” à frente da pasta
atualizado
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![Futuro Ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, fala com jornalistas em coletiva de imprensa no CCBB - metrópoles](/_next/image?url=https%3A%2F%2Ffly.metroimg.com%2Fupload%2Fq_85%2Cw_700%2Fhttps%3A%2F%2Fuploads.metroimg.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2022%2F12%2F21182153%2FFuturo-Ministro-da-Fazenda-do-governo-Lula-Fernando-Haddad-fala-com-jornalistas-em-coletiva-de-imprensa-no-CCBB-1.jpeg&w=3840&q=75)
A revista britânica The Economist publicou uma reportagem, na quarta-feira (2/8), sobre a melhora nas perspectivas econômicas do Brasil e um otimismo maior dos investidores em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Poderia ser… uma decolagem?”, questiona a revista, o que remete a uma capa da The Economist, em 2009, no penúltimo ano do segundo mandato de Lula na Presidência da República. Na ocasião, aparecia a imagem do Cristo Redentor “levantando voo”, com o título: “O Brasil decola”.
Segundo a nova reportagem da The Economist sobre a economia brasileira, o governo do PT estaria superando a desconfiança inicial do mercado de que pudesse repetir a política econômica adotada pela ex-presidente Dilma Rousseff (2011-2016), que levou o país à maior recessão de sua história, em 2015 e 2016.
Ainda de acordo com a revista britânica, a economia global apresenta “circunstâncias favoráveis” ao Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é classificado como um gestor “eficiente” à frente da pasta.
“Muitos economistas creditam a Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, grande parte do otimismo. Ele está por trás das duas grandes reformas que poderiam colocar o Brasil em uma base mais estável”, diz a The Economist, em alusão ao novo marco fiscal e à reforma tributária. “Mesmo os mais céticos agora apostam que a dívida acabará ficando sob controle”, afirma a reportagem.
A revista também ressalta a elevação da nota de crédito do Brasil por algumas das principais agências de classificação de risco do mundo e atribui essa nova perspectiva a fatores que “não estão sob controle de Lula”.
Otimismo “moderado”
Apesar da percepção mais positiva dos investidores em relação ao Brasil, diz a The Economist, o país precisa avançar na agenda de reformas e manter a responsabilidade fiscal se quiser, de fato, garantir um crescimento sustentável nos próximos anos. Segundo a revista, os desafios ainda são grandes.
“O Brasil tem um enorme potencial, mas tem, consistentemente, tombado sob seu peso”, afirma a publicação. “O cenário global e as proezas de Haddad estão aumentando o otimismo dos investidores agora. Mas será necessária uma boa e consistente política para reverter a tendência de longo prazo”, prossegue a reportagem.
“O otimismo deve ser moderado. Para começar, o sucesso da reforma tributária e do quadro fiscal não está garantido. Os detalhes da reforma tributária ainda não foram definidos. Ou seja, ainda não está claro qual será a nova alíquota do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), nem quantos setores terão alíquota reduzida ou isenção”, conclui a The Economist.