Planos de saúde têm prejuízo operacional de R$ 1,7 bilhão
O resultado dos planos de saúde entre janeiro e março de 2023 aprofundou perdas de R$ 1 bilhão registradas no mesmo período do ano passado
atualizado
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O setor de planos de saúde registrou um prejuízo operacional de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O resultado aprofundou as perdas de R$ 1 bilhão registradas no mesmo período do ano passado.
Por outro lado, o serviço de assistência médico-hospitalar privada fechou o período entre janeiro e março de 2023 com um lucro líquido de R$ 620,6 milhões.
Em termos de resultados financeiros, as operadoras de plano de saúde somaram R$ 2,5 bilhões, ante R$ 2,3 bilhões do primeiro trimestre de 2022.
Os números retratam o descompasso entre a receita obtida pelas empresas com as mensalidades pagas pelos beneficiários e os gastos assistenciais relativos à operação dos planos.
“O problema do descasamento entre receita e despesa é muito claro. Este ano já começou pior do que 2022”, afirmou o superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Marcos Novais, ao jornal O Globo. A entidade reúne 140 empresas do setor.
“Há migração de beneficiários para planos mais baratos e a despesa dos produtos está crescendo mais do que a receita. A maior perda operacional vem de despesas mais elevadas”, completa Novais.
No ano passado, os planos de saúde tiveram um prejuízo operacional de R$ 10,7 bilhões, um resultado bem pior do que os R$ 919 milhões negativos de um ano antes.