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Pix está “tomando função do cartão de crédito”, diz Campos Neto

“Pix é um pedaço de um plano muito maior, que inclui uma competição, uma digitalização e uma tokenização maiores”, disse Roberto Campos Neto

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Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, segurando um microfone e recebendo um prêmio falando sobre Pix - Metrópoles
1 de 1 Imagem de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, segurando um microfone e recebendo um prêmio falando sobre Pix - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (18/10), ao receber uma premiação pelo Pix, que o sistema de transferências e pagamentos instantâneos criado pela autoridade monetária em 2020 está, aos poucos, assumindo a função do cartão de crédito.

As declarações foram dadas durante a cerimônia de premiação das “Marcas Mais Admiradas do Brasil”, evento promovido pelo Grupo Bandeirantes, em São Paulo. Representando o BC, Campos Neto recebeu o prêmio na categoria “Pagamentos”, pelo Pix.

“Nós colocamos o Pix para funcionar em novembro de 2020, quando a pandemia estava acelerando e tínhamos muito trabalho remoto. Entendíamos que era importante apresentar essa inovação para as pessoas, que estavam trabalhando de suas casas”, disse o presidente do BC.

“O Pix está perto dos três anos. Nós não esperávamos uma adoção tão rápida. Meu primeiro pensamento é que fosse uma adoção mais lenta. Mas foi um processo muito rápido e as pessoas aderiram ao produto”, prosseguiu Campos Neto.

O chefe da autoridade monetária voltou a falar dos planos e inovações previstos para o Pix.

“O Pix terá inovações. Olhamos a parte internacional, que é importante. Olhamos também para o pagamento programável. Ele (Pix) vai tomando uma função que hoje é do cartão de crédito”, afirmou.

“O Pix é um pedaço de um plano muito maior, que inclui uma competição, uma digitalização e uma tokenização maiores. Temos um caminho bastante interessante para seguir”, concluiu Campos Neto.

A internacionalização do Pix, citada por Campos Neto, é uma das agendas de sua gestão no BC. Desde o início do ano, a autoridade monetária brasileira vem discutindo o projeto com países como Uruguai, Colômbia, Equador e Chile. A ideia é formar um bloco de países que utilizem o sistema instantâneo de pagamentos e transferências na América Latina.

Ampliação do Pix

No início de setembro, o BC anunciou que o Pix poderá ser ampliado para uso em pedágios, estacionamentos ou no transporte público.

No relatório, a autoridade monetária também afirma que o Pix deverá ser usado em operações internacionais, possibilitando pagamentos entre empresas e de compras de bens e serviços no exterior.

De acordo com o BC, até agosto de 2023, o Pix possuía 650,7 milhões de chaves cadastradas e contava com 153,3 milhões de usuários.

Pix Automático

Outra novidade deve ser o Pix Automático, que teve o lançamento adiado para outubro de 2024.

A funcionalidade poderá ser usada para pagamentos de contas, cadastradas previamente pelo usuário, ou assinaturas, como em serviços de streaming e outros produtos. Na prática, a nova função do Pix tende a ser uma opção ao atual serviço de débito automático.

Com o Pix Automático, os pagamentos serão debitados automaticamente, sem a necessidade de novas autenticações a cada operação.

Embora o Pix já possa ser agendado, hoje só é possível utilizá-lo para transferências ou pagamento de boletos. A diferença é que o Pix Automático poderá ser cadastrado junto às empresas na hora da compra de assinaturas, de modo que o valor será debitado da conta de forma recorrente. Isso abre a possibilidade para pagamento automático de contas de água e luz, por exemplo.

Além disso, o débito automático hoje oferecido por algumas empresas depende de um acordo entre a prestadora de serviço e os bancos específicos. Usuários que não têm conta em determinados bancos ficam de fora. Com o Pix Automático, a expectativa do BC é que o leque de opções ao usuário aumente.

Campos Neto premiado

Na semana passada, como noticiado pelo Metrópoles, Campos Neto já havia recebido uma outra premiação. Ele foi escolhido o melhor presidente de BC da América Latina, pela revista LatinFinance. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também foi premiado em seu cargo.

Segundo a revista, graças à prudência e à independência do BC, o Brasil pôde iniciar o ciclo de queda da taxa básica de juros antes de algumas das principais economias do mundo.

Atualmente, a Selic está em 12,75% ao ano, depois de duas reduções consecutivas de 0,5 ponto percentual, em agosto e setembro.

“Campos Neto tem estado à frente da curva no combate à inflação”, afirmou a revista, segundo o qual o presidente do BC é, “de longe”, o melhor comandante entre todos os bancos centrais da América Latina e do Caribe.

A LatinFinance é uma publicação especializada nos mercados financeiros e nas economias da América Latina e do Caribe. O prêmio é concedido a partir de consultas a investidores e analistas do mercado na região.

No ano passado, Roberto Campos Neto já havia sido eleito o melhor presidente de BC da América Latina.

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